domingo, 12 de fevereiro de 2012

Eletricidade Estática

Apesar de ser matéria corrente no ensino público, muitos desconhecem os efeitos causados pela Eletricidade Estática ou E.S.D. (EletroStatic Discharge) nos componentes sensíveis do computador.
Em geral ela se processa devido ao atrito de materiais isolantes tipo: lã, carpete, cabelo entre outros. O clima seco favorece muito este fenômeno.
O fato de caminhar, sentar ou estender o braço pode produzir eletricidade estática, devido à separação de cargas elétricas na fase de atrito entre materiais diferentes.
Cargas elétricas assim separadas podem se acumular em nosso corpo e, quando tocamos em algo que está eletricamente neutro, essas cargas podem passar para esse objeto eletrizando-o.
A casos que a tensão criada pode ultrapassar 200.000 volts. Normalmente estas tensões são observadas em aviões e helicópteros no momento de aterrissagem.
Antigamente os caminhões tanque em especial os que carregavam combustível mantinham uma corrente arrastando no asfalto para descarregar a estática, isto porque ao conectar a mangueira para descarregar o combustível no destino, poderia haver uma faísca e incendiar a carga. Os veículos movido a gás natural utilizam uma haste de aterramento para esse fim próxima ao bico de abastecimento.
Mas voltando ao assunto, é alta tensão mas baixíssima amperagem ao qual não nos machuca ou mata, mas danifica componentes eletrônicos sensíveis em especial os chipsets, processadores, placas e pentes de memória.
Já presenciei muitos casos de pessoas que numa simples limpeza no computador ou colocação de um novo dispositivo estar as voltas com um problema mais grave ou erros inexplicáveis, mas analisando o que foi feito podemos concluir que houve a possibilidade de danos devido a eletricidade estática.
Sou contra o uso de pincéis na limpeza de placas por este motivo, você poderá me dizer que conhece o seu Zé das Couves que sempre limpou com pincel e nunca houve problemas, mas será mesmo que nunca houve?
Ou teve sorte até porque estamos em uma região de clima úmido?
Travamentos na inicialização do Windows, erros de VXD, pentes que queimam misteriosamente entre outros fatos que sempre são atribuídos a fim da vida útil, vírus ou qualidade do componente podem ter outro culpado...
E os danos advindos a Eletricidade Estática são facilmente evitados com uso de uma pulseira anti estática e/ou a manta anti estática:
Que funcionam drenando a Eletricidade Estática produzida pelo nosso corpo, como citamos no começo a Eletricidade Estática passa sempre para corpos com o potencial neutro, assim tanto a pulseira quanto a manta são ligadas ao Terra através de fios que absorvem e evitam danos aos componentes manuseados.
Devido a este motivo é enganoso pensar que ocasionalmente tocando em objetos metálicos do gabinete tipo: fonte ou chassi descarregamos o nosso corpo, podemos sim descarregar a Eletricidade Estática naquele momento, mas e se dermos o azar de produzirmos mais logo a seguir?
Por isso use sempre a pulseira anti-estática ela custa em torno de R$ 15,00

Fonte: http://www.netetronica.com

As oportunidades da geração alternativa

A matriz energética brasileira ganhou, nas décadas de 70 e 80, suas hidrelétricas gigantes, das quais Itaipu e Tucuruí são os maiores e melhores exemplos. Ganhou também Angra dos Reis, sua primeira usina termonuclear, e com ela um aberto enfrentamento entre tecnologia e ecologia.

A polêmica inacabada, em parte, mas sobretudo os custos, paralisaram praticamente o programa de geração nuclear de energia elétrica.

À medida que vozes cautelosas alertavam para a crítica dependência que o País tinha dos regimes pluviométricos, começaram também a surgir programas para reduzir os riscos dessa dependência. Com estas preocupações surgiram os planos de geração térmica e a integração dos sistemas de transmissão. Tudo patrocinado e financiado pelo Estado.


Nos últimos anos, as mesmas vozes cautelosas alertaram para a necessidade de um novo ciclo, marcado agora pela participação do capital privado na geração da energia elétrica e pelo investimento em fontes alternativas - as pequenas centrais hidrelétricas, a energia eólica e a biomassa. Para coordenar e impulsionar estas soluções nasceu na Eletrobrás o Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. Com cerca de ano e meio de existência, o programa quer adicionar 3.300 MW à capacidade de geração do País até dezembro de 2006. Para tirar este objetivo do papel o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - criou um programa de apoio financeiro - solução que ainda depende de alguma engenharia financeira para revelar todas as suas possibilidades.

Impasse financeiro

O programa define Pequenas Centrais Hidrelétricas como usinas cuja potência varia entre o mínimo de 1 e o máximo de 30 MW. Segundo dados da ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica - já estão autorizados 3.669 MW para PCHs, dos quais 403,8 já iniciaram suas obras. A maioria delas nas regiões Sul e Sudeste, mais próximas dos grandes centros consumidores de energia.

A evolução do Proinfa, contudo, requer algumas soluções de engenharia financeira. O BNDES tem R$ 5,5 bilhões para aplicar nos projetos de geração alternativa, mas o financiamento está limitado a 70% dos itens financiáveis. O que significa que o empreendedor privado deve entrar com os 30% restantes. Os investidores querem alargar a margem do financiamento, alegando que toda a energia gerada pelos projetos incluídos no Proinfa tem a garantia contratual de que será comprada pela Eletrobrás. Defendem, portanto, financiamento integral, argumentando que a garantia da compra é suficiente, e o risco do BNDES é praticamente nenhum.

Na prática, poucos foram os financiamentos aprovados. Vinte e oito pedidos foram solicitados para PCHs e apenas um foi aprovado, o de Canoa Quebrada, com 28 MW, representando investimento total de R$ 130 milhões, R$ 86 milhões financiados pelo BNDES. Desses, dez estão em vias de aprovação por estarem enquadrados nas condições do programa, e seis ainda estão em estágio bastante preliminar. Onze foram negados - o BNDES alega que os responsáveis pelos projetos não conseguem dar garantias de que podem arcar com 30% dos recursos mínimos exigidos.

Os custos desta geração alternativa são considerados comparáveis aos de qualquer outra fonte geradora. Serão, contudo, um pouco superiores aos custos da energia gerada pelas usinas de grande porte, devido à economia de escala. Estes custos mais elevados, porém, seriam compensados pelos projetos implantados nas proximidades dos centros de carga, com impactos ambientais mínimos e redução dos custos de transmissão.

Tecnologia disponível

Na área técnica, o programa é encarado com muita tranqüilidade. O País tem toda a tecnologia requerida pelos projetos de PCHs e pelos projetos de biomassa. Quanto à geração eólica, acreditam os especialistas que o País não tem fabricantes suficientes para atender à demanda criada pelo Proinfa e que haverá necessidade de investir em novas plantas, tanto para atender à demanda quanto para alcançar os 60% do índice mínimo de nacionalização, numa primeira etapa, se for o caso de o fabricante dos equipamentos participar acionariamente do empreendimento.

As insuficiências da indústria brasileira no campo da energia eólica são atribuídas ao desinteresse por este tipo de geração, refletido na inexpressividade dos incentivos fiscais e financeiros. Com o Proinfa sinalizando a maior importância deste tipo de geração na matriz energética do País, a expectativa é de rápidos progressos no domínio desta tecnologia.

O potencial brasileiro, segundo os números do Atlas do Potencial Eólico, é de 143.000 MW. As usinas atualmente em operação, a maioria das quais no Ceará, geram apenas 28,6 MW. No caso das PCHs e da biomassa, com ampla base industrial e tecnológica já estabelecida, o Proinfa deve representar um significativo aumento de encomendas. No caso da geração eólica, a demanda serviria para consolidar o parque industrial existente no País e estimular a transferência da tecnologia ainda necessária.

Os benefícios sociais previstos são expressivos. Estima-se que ao longo da cadeia produtiva estimulada pelo programa serão gerados cerca de 150 mil novos empregos diretos e indiretos.

Indústria se prepara para 1.000 turbinas

Os ventos sopram em favor do desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Entre as três fontes que serão beneficiadas pelo Proinfa, a eólica é a que contará com o maior aumento de capacidade. O salto dos atuais 26,8 MW para pelo menos 1.300 MW até 2006, como prevê o programa, tornará o País o quarto maior mercado desse tipo de energia no mundo. O potencial eólico brasileiro é de 143.000 MW. De olho no segmento promissor, a indústria de energia eólica espera investir no país US$ 1 bilhão. Os segmentos da construção civil, metal-mecânica e eletroeletrônica estão entre os mais beneficiados pelo incentivo à geração eólica.

Do total desse tipo de energia em produção no País, quase 65% são gerados no Ceará, estado que com o arquipélago de Fernando de Noronha receberam as primeiras instalações desse tipo de energia no País. Entre as vantagens da geração de energia eólica no Brasil, destaca- se o fato de que as maiores velocidades de vento no Nordeste ocorrem justamente quando o fluxo de água do Rio São Francisco é mínimo. Dessa forma, as centrais eólicas instaladas no Nordeste poderão injetar no sistema quantidades de energia elétrica que complementem a geração hidrelétrica das usinas do Rio São Francisco.

Análises dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil indicam que o custo do MW/h está entre US$ 70 e US$ 80. A estimativa é que o impacto do Proinfa no bolso do consumidor brasileiro represente uma elevação de 0,3%. A área nobre para exploração desse tipo de geração elétrica é o litoral do Nordeste, onde a intensidade e direção do vento são constantes. O norte da Bahia e de Minas Gerais, o oeste de Pernambuco, o estado de Roraima e o sul do país também são regiões propícias para a geração de energia a partir do vento.

Para alguns especialistas, o Brasil não tem condições de fornecer as mil turbinas eólicas necessárias para atender aos projetos que aguardam aprovação de financiamento no BNDES. Para outros, as montadoras instaladas no país já abastecem sua produção com 90% de equipamentos brasileiros, como é o caso da Wobben Wind Power, que possui uma fábrica em Sorocaba (SP) e outra em Fortaleza (CE). Parte dos componentes utilizados no Brasil pela GWEind, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, é produzida aqui. Além delas, outras duas grandes multinacionais estão chegando ao País e correm para alcançar o índice de 60% de nacionalização exigidos para atender as empresas que participam do Proinfa.

Atualmente, existem mais de 30.000 MW de capacidade instalada no mundo. A maioria dos projetos localiza-se na Alemanha, na Dinamarca, na Espanha e nos Estados Unidos. A expectativa é de que até 2012 as instalações mundiais dessa forma de geração de eletricidade devem praticamente triplicar, até atingir 150 mil megawatts. Atualmente, cata-ventos e parques offshore (no mar) produzem 40 mil megawatts. Hoje a indústria do setor de fontes alternativas de energia cresce em média 20% ao ano e emprega cerca de 400 mil pessoas no mundo.

Biomassa

Uma das principais, senão a principal, vantagem da biomassa é seu aproveitamento direto pela queima da matéria orgânica em fornos e caldeiras. Ela vem sendo usada na geração de eletricidade nos sistemas de co-geração e no abastecimento de comunidades isoladas da rede elétrica.

O potencial autorizado para empreendimentos de geração de energia com a biomassa, segundo a ANEEL, é de 1.376,5 MW, considerando apenas as centrais geradoras que usam o bagaço da cana-de-açúcar, biogás ou gás de aterro.

Dados de 2003, reunidos no Balanço Energético Nacional, mostram que a participação da biomassa na matriz energética do País é de significativos 27%, com emprego majoritário do carvão vegetal e do bagaço de cana-de-açúcar.

Créditos e referências

O texto "As oportunidades da geração alternativa" foi elaborado a partir de informações obtidas com os seguintes profissionais e fontes:
  • Everaldo Feitosa, vice-presidente da World Wind Energy Association e presidente do Centro Brasileiro de Energia Eólica - 081 3224-8158
  • Fábio Sales Dias - secretário-executivo da Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica
  • Marcio Schmitt - Gerente de Geração em Sistemas de Tecnologia de Potência da ABB
  • World Wind Energy Association
  • BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
  • INEE -Instituto Nacional de Eficiência Energética CanalEnergia.com.br
  • http://www.eolica.com.br/index_por.html
aos quais agradecemos a boa vontade e a cooperação. O texto final, sua forma e conteúdo são, contudo, de inteira responsabilidade do Departamento Editorial de Noticiário de Equipamentos Industriais-NEI.
Fonte: http://www.nei.com.br