segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sistema quântico recicla o calor e gera eletricidade

Jen Hirsch - 10/12/2009
Sistema quântico recicla o calor e gera eletricidade
Mais da metade da energia gerada no mundo é simplesmente jogada fora, a maior parte desse desperdício dando-se na forma de calor. Uma nova pesquisa dá esperanças concretas de acabar com esse desperdício. [Imagem: MIT]
Desperdício de energia
O homem não precisaria estar tão preocupado com suas próprias responsabilidades sobre as mudanças climáticas, com os apagões e com o retorno da energia nuclear, se conseguisse ao menos diminuir o desperdício de energia.
Mais da metade da energia gerada no mundo todo é simplesmente jogada fora, a maior parte desse desperdício dando-se na forma de calor. Os motores dos carros esquentam, os processadores dos computadores esquentam, os telefones celulares esquentam - tudo isso significa energia sendo constantemente desperdiçada.
Reciclagem do calor
É por isto que cientistas do mundo inteiro pesquisam formas de melhorar a eficiência energética de todo tipo de equipamento. Se houver uma forma de coletá-lo e reaproveitá-lo - fazendo literalmente uma reciclagem do calor - poderemos dispor de carros mais eficientes, computadores que não aquecem e celulares cujas baterias durarão várias vezes mais, apenas para citar alguns exemplos.
Os candidatos naturais para esse papel de recicladores de calor são osmateriais termoelétricos, materiais capazes de converter diretamente calor em eletricidade.
Inúmeros progressos têm sido feitos nas pesquisas com os materiais termoelétricos, com a ajuda inclusive da nanotecnologia, permitindo que os pesquisadores acenem com várias possibilidades técnicas, incluindo geladeiras de estado sólidoreaproveitamento do calor do motor dos carros e até telefones celulares que funcionam com o calor do corpo.
Limite de Carnot
A física afirma que há um limite para a conversão do calor em eletricidade. Segundo a teoria, a eficiência máxima que qualquer dispositivo pode alcançar na conversão do calor em trabalho nunca poderá exceder um valor específico, chamado Limite de Carnot - em referência ao físico francês Nicolas Léonard Sadi Carnot, que elaborou a teoria em 1824.
O problema é que os materiais termoelétricos que já atingiram o estágio de comercialização não alcançam nem 10% do limite de Carnot.
Ainda em estágio de laboratório, cientistas do MIT, nos Estados Unidos, divulgaram agora uma nova pesquisa que, segundo eles, poderá permitir a fabricação de materiais termoelétricos que atinjam até 90% do limite de Carnot.
A novidade, segundo Peter Hagelstein, que chefiou a equipe que desenvolveu o novo material, exigiu que se abandonasse tudo o que foi feito até aqui em termos de materiais termoelétricos, começando a pesquisa a partir do zero.
Diodos termais
A nova tecnologia se baseia no que os pesquisadores chamam de diodos termais. Em seus experimentos, eles fabricaram versões desses componentes que atingem 40% do limite de Carnot, embora seus modelos teóricos lhes garantam que é possível fazer muito mais - 40% do limite de Carnot, por si só, já seria uma revolução em um material que pudesse alcançar a escala comercial, sendo mais de quatro vezes mais eficiente do que qualquer material disponível hoje.
Para começar do zero, os cientistas foram ao nível mais elementar que a tecnologia atual permite. Eles começaram usando um sistema extremamente simples, no qual a energia era gerada por um único ponto quântico - um tipo de semicondutor no qual os elétrons e as lacunas, responsáveis pela transmissão das cargas elétricas, são confinados em três dimensões - uma espécie de "solitária quântica".
Controlando cada uma das propriedades do ponto quântico, os pesquisadores queriam entender os princípios mais fundamentais da conversão termoelétrica, o que eventualmente poderá levar à fabricação de materiais que façam essa conversão com alta eficiência.
Paciência
No nível já alcançado, em termos experimentais, os pesquisadores afirmam que é possível converter calor em eletricidade com alta eficiência, mas com baixa potência, usando o seu minúsculo sistema. Por outro lado, é possível gerar alta potência em um sistema maior, mas de forma menos eficiente.
"[Por enquanto] é uma permuta. Você pode ter ou alta eficiência ou alta potência," disse Hagelstein. Mas sua teoria sustenta que os diodos termais têm potencial para oferecer as duas coisas simultaneamente - como fazer isto é uma questão tecnológica, que será vencida com o tempo.
Quanto tempo? Impossível afirmar, dizem os pesquisadores, mas há muitos grupos trabalhando no aprimoramento e desenvolvimento dos pontos quânticos, por várias razões e com vários interesses diferentes, o que abre boas possibilidades de vermos avanços na área. "Ainda estamos há alguns anos de vermos nossos materiais termoelétricos de alta eficiência no mercado," concluem eles.
Bibliografia:

Quantum-coupled single-electron thermal to electric conversion scheme
Yan Kucherov, Peter Hagelstein
Journal of Applied Physics
November 2009
Vol.: 106, 094315 (2009)
DOI: 10.1063/1.3257402

domingo, 30 de janeiro de 2011

Descoberto novo modo de produzir eletricidade

Descoberto novo modo de produzir eletricidade
Um nanotubo de carbono pode produzir uma onda de energia quando uma camada de combustível queima-se ao seu redor, arrastando portadores de carga e gerando um pico de corrente elétrica.[Imagem: Christine Daniloff]

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/03/2010

Ondas de energia
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriu um fenômeno inédito que faz com que ondas de energia sejam criadas ao longo de nanotubos de carbono.
Segundo os pesquisadores, o fenômeno até agora desconhecido poderá levar a uma nova forma de produzir eletricidade.
O fenômeno, descrito como "ondas termoelétricas", "abre uma nova área de pesquisa na área de energia, o que é raro," afirmou Michael Strano, um dos autores do estudo que foi publicado neste domingo (7/3) na revista Nature Materials.
Da mesma foram que um monte de detritos é atirado pelas ondas em uma praia depois de terem viajado pelo oceano, a onda térmica - um pulso de calor em movimento - viajando ao longo do fio microscópico de carbono pode arrastar elétrons em seu caminho, criando uma corrente elétrica.
O ingrediente principal dessa nova receita de energia é o nanotubo de carbono, uma estrutura com dimensões na faixa dos bilionésimos de metro, na qual os átomos de carbono estão dispostos como se fossem uma tela de arame enrolada. Os nanotubos de carbono fazem parte de uma família muito promissora de novas materiais, que inclui ainda os buckyballs e o grafeno.
Princípio de funcionamento
No estudo, cada um dos nanotubos de carbono, que são bons condutores tanto de eletricidade quanto de calor, foram recobertos com uma camada de um combustível altamente reativo e que gera um forte calor à medida que se decompõe.
O combustível é então inflamado em um dos lados dos nanotubos, o que pode ser feito por um feixe de laser ou por uma faísca elétrica, resultando em uma onda térmica que se desloca velozmente ao longo do nanotubo de carbono.
O calor do combustível é transferido para o nanotubo, onde ele passa a se deslocar milhares de vezes mais rapidamente do que a própria queima do combustível. À medida que o calor, que caminha mais rápido do que a chama, realimenta a camada de combustível, cria-se uma onda térmica que caminha ao longo do nanotubo.
Com uma temperatura de mais de 2.700º C (3.000 K), o anel de calor se espalha ao longo do nanotubo a uma velocidade 10 mil vezes maior do que o espalhamento normal da reação química de queima do combustível. O calor produzido pela combustão também desloca elétrons pelo nanotubo, criando uma corrente elétrica significativa.

Ondas de combustão                                                
 
Descoberto novo modo de produzir eletricidadeOndas de combustão - neste caso o pulso de calor viajando através do fio de carbono - "têm sido estudadas matematicamente há mais de 100 anos," afirma Strano, mas esta é a primeira vez que se observa seu efeito em um nanotubo, verificando que a onda de calor pode movimentar elétrons em intensidade suficiente para produzir eletricidade em quantidade apreciável.
A intensidade do pico de tensão criado inicialmente ao longo dos nanotubos imediatamente surpreendeu os pesquisadores. Depois de refinarem as condições do experimento, o sistema gerou uma energia que, proporcionalmente ao seu peso, é cerca de 100 vezes maior do que um peso equivalente de uma bateria de íons de lítio, as mais avançadas atualmente disponíveis.
Arrastamento eletrônico
A quantidade de energia liberada é muito maior do que a prevista pelos cálculos termoelétricos. Embora muitos materiais semicondutores possam produzir um potencial elétrico quando aquecidos, por meio do chamado efeito Seebeck, este efeito é muito fraco no carbono. "Nós chamamos [o fenômeno] de arrastamento eletrônico, uma vez que parte da corrente parece estar em escala com a velocidade da onda," diz Strano.
A onda térmica parece capturar e arrastar os transportadores de carga elétrica - ou elétrons ou lacunas de elétrons - da mesma forma que uma onda do mar pode capturar um monte de detritos ao longo da superfície e arrastá-lo. E, no caso do experimento gerador de eletricidade, a intensidade de portadores de carga "capturados" parece depender da velocidade da onda.
A teoria prevê que alguns tipos de combustível - o material reagente usado para revestir o nanotubo - poderão produzir ondas que oscilam. Desta forma, seria possível gerar corrente alternada, a mesma que abastece as residências e que é a base das ondas de rádio usadas em todos os dispositivos sem fios, como telefones celulares, aparelhos de GPS e inúmeros outros. Hoje, embora necessitem de corrente alternada, esses dispositivos utilizam baterias que geram corrente contínua, que deve ser convertida antes do uso. Este é o próximo experimento que os cientistas planejam fazer.

Aplicações
Descoberto novo modo de produzir eletricidade
É cedo para falar em substituição das baterias ou outras aplicações, porque baterias que se inflamam terão sérios problemas de segurança e conforto. [Imagem: Choi et al./Nature Materials]
Os pesquisadores afirmam que, por ser muito recente, é difícil prever as aplicações possíveis da nova forma de geração de energia. Mas Strano se arrisca a falar na alimentação de minúsculos sensores ambientais, que poderiam ser espalhados pelo meio ambiente como se fossem poeira no ar, alimentados pela minúscula bateria de nanotubo de carbono.
Ou dispositivos médicos, nos quais o calor e a luz gerados poderiam ter interesse para o monitoramento de cápsulas do tamanho de grãos de arroz no interior do corpo humano, assim como para o aquecimento de determinadas áreas a serem tratadas.
De qualquer forma, é mesmo muito cedo para se falar em substituição de baterias. Ainda que eventuais baterias que funcionem sob o novo princípio possam armazenar sua energia indefinidamente, o sistema ainda é bastante ineficiente - a maior parte da energia é dissipada na forma de calor e luz - e pouco prático - baterias que se inflamam terão sérios problemas de segurança e conforto.
Um potencial de melhoria do sistema estaria na utilização de nanotubos distanciados uns dos outros, permitindo uma forma de controle da queima. Isso também aumentaria a eficiência do gerador, uma vez que os experimentos demonstraram que nanotubos individuais são mais eficientes na geração de energia do que nanotubos aglomerados em grandes amostras.

Bibliografia:

Chemically driven carbon-nanotube-guided thermopower waves
Wonjoon Choi, Seunghyun Hong, Joel T. Abrahamson, Jae-Hee Han, Changsik Song, Nitish Nair, Seunghyun Baik, Michael S. Strano
Nature Materials
7 March 2010
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nmat2714

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Qual a Diferença entre corrente contínua e corrente alternada???

Pessoal, vou dar uma dica para os profissionais que trabalham com instalações elétricas para não trocar as bolas misturando fase, neutro, positivo, negativo, estas são usadas em situações diferentes.
Vamos lá!  Um eletricista residencial profissional deve saber que trabalha com corrente alternada, portanto deve se referir aos condutores como fase e neutro e nunca (positivo e negativo), pois, estas são utilizadas em corrente continua que nunca muda de sentido, sendo assim fácil dizer onde está o pólo positivo e o negativo o que não ocorre com a corrente alternada que usamos fio fase e fio neutro.
Corrente contínua e alternada
Se considerarmos um gráfico i x t (intensidade de corrente elétrica por tempo), podemos classificar a corrente conforme a curva encontrada, ou seja:

Corrente contínua

Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou seja, é sempre positiva ou sempre negativa.
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua, embora nem todas tenham o mesmo "rendimento", quanto à sua curva no gráfico i x t, a corrente contínua pode ser classificada por:

Corrente contínua constante
Diz-se que uma corrente contínua é constante, se seu gráfico for dado por um segmento de reta constante, ou seja, não variável. Este tipo de corrente é comumente encontrado em pilhas e baterias.

Corrente contínua pulsante
Embora não altere seu sentido as correntes contínuas pulsantes passam periodicamente por variações, não sendo necessariamente constantes entre duas medidas em diferentes intervalos de tempo.
A ilustração do gráfico acima é um exemplo de corrente contínua constante.
Esta forma de corrente é geralmente encontrada em circuitos retificadores de corrente alternada.

Corrente alternada

Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida periodicamente, ou seja, ora é positiva e ora é negativa, fazendo com que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem.
Este tipo de corrente é o que encontramos quando medimos a corrente encontrada na rede elétrica residencial, ou seja, a corrente medida nas tomada de nossa casa.


Siglas...

Quem nunca se deparou com uma Sigla e ficou sem saber o que significa, eis alguns significados.


SIGLA                       SIGNIFICADO E NATUREZA

ABNT             Associação Brasileira de Normas Técnicas
                        Atua em todas as áreas técnicas do país. Os textos de normas são
                        adotados pelos órgãos governamentais (federais, estaduais e
                        municipais) e pelas firmas. Compõem-se de Normas (NB),
                        Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB), Método de
                        ensaio e Padronização. (PB).

ANSI               American National Standards Institute
                         Instituto de Normas dos Estados Unidos, que publica recomendações
                         e normas em praticamente todas as áreas técnicas. Na área dos
                         dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado    
                         freqüentemente especificações da UL e da NEMA.


CEE                International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment
                       Especificações internacionais, destinadas sobretudo ao material de
                       instalação.


CEMA            Canadian Eletrical Manufctures Association
                        Associação Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico


CSA                Canadian Standards Association
                        Entidade Canadense de Normas Técnicas, que publica as normas e
                        concede certificado de conformidade.

DEMKO          Danmarks Elektriske Materielkontrol
                        Autoridade Dinamarquesa de Controle dos Materiais Elétricos que
                        publica normas e concede certificados de conformidade


DIN                 Deutsche Industrie Normen
                        Associação de Normas Industriais Alemãs. Suas publicações são
                        devidamente coordenadas com as da VDE.

IEC                  International Electrotechinical Comission
                        Esta comissão é formada por representantes de todos os países
                        industrializados. Recomendações da IEC, publicadas por esta
                       Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma
                       adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se
                       procedendo a uma aproximação ou adaptação das normas nacionais
                       ao texto dessas normas internacionais.

JEC                Japanese Electrotechinical Committee
                       Comissão Japonesa de Eletrotécnica.


JEM                 The Standards of Japan Electrical Manufactures Association
                        Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão.

JIM                  Japanese Industrial Standards
                        Associação de Normas Industriais Japonesas.

KEMA             Kenring van Elektrotechnische Materialen
                        Associação Holandesa de ensaio de Materiais Elétricos.

NEMA              National Electrical Manufactures Association
                          Associação Nacional dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.).

OVE                  Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik
                          Associação Austríaca de Normas Técnicas, cujas determinações
                          geralmente coincidem com as da IEC e VDE.

SEN                   Svensk Standard
                           Associação Sueca de Normas Técnicas.

UL                      Underwriters Laboratories Inc
                            Entidade nacional de ensaio da área de proteção contra incêndio,
                            nos  Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de
                            equipamentos elétricos e publica as suas prescrições.

UTE                    Union Tecnique de l’Electricité
                           Associação Francesa de Normas Técnicas.

VDE                   Verband Deutscher Elektrotechniker
                           Associação de Normas Técnicas alemãs, que publica normas e
                            recomendações da área de eletricidade.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Acidentes com eletricidade, como evitá-los???

Pessoal, sei que é chato ficar falando o tempo todo sobre acidentes, trabalho com segurança, bla bla bla... Mas nós seres humanos temos um "raciocínio irracional" quando se trata de trabalhar com segurança, sempre pensamos que é "rapidinho" e que não vai acontecer nada, que somos super homens e conosco não acontece, etc.
Para provar que acontece com qualquer um segue ai alguns vídeos de acidentes.

ACIDENTES COM  CHOQUE ELÉTRICO, SEGUIDO DE QUEDA DE ANDAIMES.... ENQUANTO NÃO ATENDERMOS AOS PROCEDIMENTOS E NORMAS, TEREMOS SEMPRE QUE VER ESTE TIPO DE IMAGENS.....

Alguns vídeos de acidentes com eletricidade...

















Veja como um simples "descuido" pode provocar acidentes..

Apesar de alguns colegas e minha própria família as vezes acharem que eu vejo perigo em tudo, continuo firme em dizer que devemos trabalhar com segurança.

"Não deixe chorando quem lhe espera sorrindo, use seus EPI'S, trabalhe com segurança e volte vivo para casa"
Robson Santos


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Calculo resistência elétrica.

O Efeito Joule não acontece sozinho, para que ele ocorra é preciso ter um dispositivo (condutor) capaz de transformar a energia elétrica em energia térmica, esse dispositivo é chamado de Resistor.
Veja alguns exemplos de resistores:


Resistor de Chuveiro

Resistor de lâmpada


Resistor elétrico.

Quando escrevemos um circuito elétrico, representamos um resistor através do seguinte símbolo:
 
Esse R é a resistência elétrica causada pelos resistores, pois uma de suas funções é dificultar a passagem de energia elétrica.

Para efetuar o cálculo da resistência elétrica é preciso ter um condutor com uma diferença de potencial (U) com corrente elétrica de intensidade (i). Assim:

R = U
        i


A unidade de medida aceita pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) para representar a resistência elétrica é Ω, pois a unidade de medida da diferença de potencial é volt (V) e a unidade de medida da intensidade de corrente elétrica é o ampère (A):


volt = V = ohm =  
               ampère   A
Por Danielle de Miranda
Equipe Brasil Escola

domingo, 9 de janeiro de 2011

A explicação para eletrização dos corpos

Quando atritamos dois corpos, o cabelo e um canudinho, por exemplo, um deles fica eletrizado positivamente e o outro eletrizado negativamente, mas qual a explicação para esse acontecimento?

Muitos cientistas formularam teorias na tentativa de explicar esse fato. Benjamin Franklin, um dos homens mais célebres dos Estados Unidos no século XVII, foi um dos que tentaram explicar o porquê do acontecimento desse fenômeno. Franklin elaborou uma teoria na qual afirmava que os fenômenos elétricos aconteciam em razão da existência de um fluido elétrico presente em todos os corpos. Quando dois corpos eram atritados ocorria transferência de parte desse fluido de um corpo para outro, o corpo que recebia esse fluido ficava eletrizado positivamente, o corpo que cedia ficava eletrizado negativamente e em um corpo não eletrizado o fluido existia em quantidades normais. Por meio de sua teoria, Franklin mostrou que não poderia criar nem destruir cargas elétricas, apenas fazer com que passasse eletricidade de um corpo para outro, ou seja, a quantidade total do fluido ao final do processo de transferência do mesmo entre dois corpos permanecia inalterada.

Hoje, com as descobertas sobre esse assunto, sabe-se que a teoria de Franklin estava parcialmente errada, pois sabemos que a eletrização ocorre em razão da transferência de elétrons de um corpo para outro quando eles se atritam. E essa transferência não acontecia por meio do fluido elétrico que Franklin imaginara, mas sim por meio da passagem de elétrons de um corpo para outro.
A teoria moderna sobre a estrutura dos átomos mostra que toda matéria é constituída basicamente por três partículas que são denominadas de prótons, elétrons e nêutrons, que são, respectivamente, cargas positivas, cargas negativas e as partículas que não tem carga. Quando um corpo não está eletrizado, o número de prótons é igual ao número de elétrons. Ao atritar dois materiais, um deles ficará eletrizado positivamente, pois perdeu elétrons e ficará com falta, já o outro ficará eletrizado negativamente, pois estará com excesso de elétrons.
Por Marco Aurélio da Silva
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

LÂMPADAS, QUAL A MAIS ECONÔMICA???

“Quanto mais luz você deixa entrar, mais brilhante será o mundo em que vive.” (Shakti Gawain)
54062 Papel de Parede Nascer do Sol 54062 1024x768 LâmpadasDesde a lâmpada inventada por Thomas Edison tivemos diversos avanços, conforme aumentavam as necessidades, como os transportes cada vez mais velozes, os veículos de comunicação, os meios de transporte coletivos crescendo mais e mais, as indústrias e as empresas abertas 24 horas, o drive-thru, o Mc Donalds…
Antigamente, o que determinava o tempo de trabalho era o nascer e o pôr-do-Sol, ou seja, a luz do dia. Hoje não dependemos exclusivamente do Sol para algumas atividades, afinal podemos comprar luz (artificial, mas podemos)! Não é porque o Sol se pôs que não podemos mais sair, trabalhar, estudar. Graças às lâmpadas, o TEMPO se redefiniu. O mesmo tempo que permitiu o surgimento de várias lâmpadas, aperfeiçoadas mais e mais.

Tipos de Lâmpada



Lâmpadas evoluindo ao longo do tempo
Lâmpadas

Nossa primeira lâmpada, a Incandescente[1], deu origem a diversas outras, como as Halógenas[2], que já não tem mais aquela coloração amarela das incandescentes e maior vida útil, as Fluorescentes tubulares[6], muito utilizadas no interior de edifícios e indústrias (costumam ter entre 30mm e 40mm de diâmetro) e as Fluorescentes compactas[3], que tem um uso mais domiciliar e tem vida útil 10 vezes maior comparada à incandescente, além de gastar 80% menos energia. Temos algumas adequadas a apenas algumas situações, como as de Descarga em alta pressão[4], e lâmpadas que usam principios diferenciados e são inovadoras, como as Lâmpadas LED[5].
Comparar uma lâmpada incandescente a uma lâmpada LED é como comparar um Ford T (o primeiro carro lançado pela Ford) a um Esportivo com tração nas quatro rodas, direção eletrônica, injeção eletrônica, arrancada sistematizada, freios ABS, lança-mísseis e que ainda de quebra viesse com GPS. Para exemplificar há uma simulação que mostra bem a economia que se adquire com as lâmpadas LED:

Comparativo incandescentes x fluorescentes compactas x lâmpadas LED

Vamos imaginar dois cenários: um em que a casa tem apenas lâmpadas incandescentes e outro, em que se usa só lâmpadas fluorescentes compactas. Vamos supor que ambas as casas possuem 20 pontos de luz e uma utilização média de 10 lâmpadas acesas durante 6 horas diariamente. Em cinco anos, o balanço é o seguinte:

● 1ª. Hipótese: Casa com lâmpadas incandescentes

Investimento inicial em lâmpadas: R$ 36,00
Potência média de consumo das lâmpadas:
60W
Consumo de energia:
6.480 KWh no perído de 5 anos
Lâmpadas substituídas no período:
110
Gasto com energia: R$ 2.628,00
Gasto com lâmpadas:
R$ 195,00
TOTAL: R$ 2823,00

● 2ª.Hipótese: Casa com lâmpadas fluorescentes compactas

Investimento inicial em lâmpadas: R$ 200,00 + R$500,00 (em reatores eletrônicos)
Potência média de consumo das lâmpadas:
18W
Consumo de energia:
1.944 KWh no período de 5 anos
Lâmpadas substituídas no período:
14
Gasto com energia:
R$ 778,00
Gasto com lâmpadas:
R$ 140,00
TOTAL: R$ 918,00

Os números falam por si. As fluorescentes compactas são mais caras, mas rapidamente se pagam com a economia de energia elétrica. Além do mais, em um período de cinco anos, a casa com lâmpadas incandescentes vai produzir 96 lâmpadas queimadas a mais.

● 3ª.Hipótese: Casa com iluminação a led.

Investimento inicial em lâmpadas: R$ 1.500,00
Potência média de consumo das lâmpadas a led:
8 W ( luminosidade equivalente a lâmpada de 60w)
Consumo de energia:
1.080 kW no período de 5 anos
Lâmpadas substituídas no período: zero
Gasto com energia: R$ 345,00
Gasto com lâmpadas:
zero
TOTAL: R$ 345,00

CONCLUSÃO FINAL AO COMPARAR AS HIPÓTESES 3 E 4:

Apesar de um investimento inicial com iluminação com fluorescentes compactas de R$700,00 e a de LED ficar em R$1.500,00, ou 2 vezes mais, o custo final da conta de luz compensa, pois significa uma economia de 40%. Se compararmos com a lâmpada incandescente, a relação é mais vantajosa ainda, ou seja, o led proporciona uma economia de 88%. Uma vantagem substancial em dinheiro e um ganho na ecologia significativo em cinco anos. Certamente o led é uma solução viável e real para os próximos anos de escassez da energia elétrica.