sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Tragédia em Campos...


Tragédia após acidente doméstico no Bairro da Codin, em Guarus, Campos, na noite desta terça-feira (14). Uma criança de apenas um ano e oito meses perdeu a vida depois de receber um choque elétrico ao colocar uma das mãos em um fio desencapado de ventilador na casa onde morava. Marister Soares Gomes chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA/Guarus), mas não resistiu.
A mãe da menina, Natália de Souza, 26 anos, relatou que estava na cozinha fazendo a janta, quando Marister deu um grito. “Minha filha brincava com o irmão mais velho de quatro anos, que ligou o ventilador na tomada. Ela segurou o fio justamente onde estava desencapado e recebeu a descarga elétrica”, contou desesperada a mãe.
Marister foi levada por Natália para a UPA/Guarus, mas acabou morrendo. O corpo da menina foi sepultado na tarde desta quarta-feira (15), no Cemitério Caju, no município, sob forte comoção de familiares e amigos da criança.
Recomendações – Para evitar que crianças sofram acidentes domésticos com eletricidade os especialistas recomendam que os fios dos aparelhos eletrônicos nunca devem ficar expostos e as tomadas sempre protegidas com aquelas tampinhas apropriadas ou até mesmo uma fita isolante. Com isso o risco de choque elétrico vai ser extinto.
Fonte Campos 24 horas

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Uso irresponsável do Chuveiro Elétrico

Bebê teve parte das costas queimada após banho em creches (Foto: Reprodução/ EPTV) A Secretaria da Educação de Itapira, cidade do interior de São Paulo, investiga o caso de um bebê de 8 meses que teve queimaduras no corpo durante o banho de chuveiro em uma creche da cidade no dia 27 de junho. Uma sindicância foi aberta para apurar as responsabilidades depois que a encarregada da escola relatou o fato. Segundo a secretária municipal da Educação, Ana Peruche, o ocorrido foi uma “fatalidade”, mas as duas educadoras responsáveis pelo garoto foram afastadas até que as investigações sejam concluídas. Elas serão ouvidas nesta segunda-feira (4) pela Assistência Social da Prefeitura. A família fez imagens dos ferimentos no corpo do menino. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Itapira com queimaduras nas costas e nas mãos, mas passa bem. O Conselho Tutelar também acompanha o caso. A instituição onde ocorreu o acidente é a maior da cidade do interior paulista. Ela atende 120 crianças menores de 4 anos. O chuveiro foi trocado. Não foi constatado, no entanto, nenhum problema no aparelho. Fonte: Globo.com

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Quantos choques você já tomou na vida? É difícil encontrar alguém que nunca tenha passado por esta situação. Infelizmente, os choques elétricos vão continuar acontecendo, pois a quantidade de eletroeletrônicos não para de aumentas nas residências, empresas e até nos carros e outros meios de transportes. Praticamente tudo o que usamos precisa de energia elétrica para funcionar, por isso os acidentes com a eletricidade são tão comuns, pois ela é um inimigo íntimo que habita nossas casas, faz parte do dia-a-dia e merece atenção. Como seu computador é um consumidor de energia (notebook também, pois você precisa recarregar suas baterias), hoje você vai conhecer algumas dicas para evitar acidentes elétricos envolvendo eletroeletrônicos que podem ser apenas um susto, mas também podem acabar muito mal. Os riscos que você corre Evitando acidentes elétricos De acordo com a ABRACOPEL (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade) em uma pesquisa realizada em 2006, de 250 respondentes, 86% afirmaram já haver levado um choque. As principais causas do choque são eletrodomésticos (23%), chuveiro elétrico (22%) e a troca de lâmpadas e tomadas (20%). Além destes números, a associação também divulga outras causas de choque como: inserir objetos metálicos na tomada e empinando pipa. Com estes dados é possível observar a displicência das pessoas com a eletricidade e por isso ela é uma das maiores causas de acidentes domésticos. O que causa a descarga de energia elétrica pode ser observado com mais propriedade no artigo “O que é aterramento” e no vídeo a seguir: Evitando acidentes elétricosCuidados simples Como a eletricidade é comum no dia-a-dia, alguns descuidos podem acontecer e causar acidentes, mas muitas providências podem ser tomadas para diminuir os riscos. Uma das causas mais comuns de curtos-circuitos é o acúmulo de componentes ligados a uma única fonte de energia. Os famosos “Ts”, Benjamins e extensões são muito perigosos, já que facilitam uma sobrecarga elétrica e muitos deles não possuem certificação de órgãos reguladores como o INMETRO. Só tome banhoEvitando acidentes elétricos O uso de equipamentos elétricos em ambientes úmidos ou molhados é um perigo eminente. Desta maneira, evite utilizar secadores de cabelo, barbeadores, pranchas alisadoras ou aquecedores enquanto toma banho ou assim que terminar de se banhar. Como se sabe, a água é um ótimo condutor de energia e você, por descuido, pode tocar ou usar estes aparelhos com o corpo molhado, por exemplo, aí o choque será inevitável. Use aparelhos à pilha, será mais seguro. O banheiro não combina com eletricidade e uma prova disso é uma das mortes mais estúpidas do rock, pois o músico Keith Relf morreu eletrocutado ao entrar em uma banheira com sua guitarra. Sem dúvida este foi o som mais eletrizante que saiu do seu instrumento. Evitando acidentes elétricos110v ou 220v? Muitos acidentes e prejuízos são causados pela falta de conhecimento dos produtos. Há diferentes 110v no 220v nem pensar!tensões elétricas nas tomadas do Brasil. Em alguns lugares como no norte de Santa Catarina, os equipamentos utilizam a tensão de 220v, já em Curitiba, por exemplo, o padrão de energia é 110v. Esta diferença pode ser catastrófica se alguns detalhes não forem observados. Ao ligar aparelhos de 110v em tomadas de 220v, certamente ele irá queimar. Além de perder o aparelho ou ter que consertá-lo, há o risco de um curto-circuito estourar sua tomada e, em casos mais graves, causar um incêndio ou queimaduras em você ou em alguém que esteja ao redor. Por isso, antes de ligar um produto novo na tomada da sua casa, verifique na etiqueta fixada pelo fabricante a voltagem do equipamento. Para saber mais sobre o assunto, consulte o artigo “Ligar eletrônicos em tomadas de 110v ou 220v?”. Fiação antigaEvitando acidentes elétricos Como a quantidade de equipamentos que usam eletricidade é crescente em muitas casas, a fiação precisa acompanhar a demanda cada vez maior de energia. Por isso, sempre faça a manutenção da fiação da sua residência, pois fios velhos, gastos, desencapados ou ressecados podem provocar incêndios. É aconselhável fazer uma vistoria anual, para manter tudo em ordem e evitar a perda de energia ou descargas em seus equipamentos elétricos. Evitando acidentes elétricosCriançada e eletricidade Todos sabem que a curiosidade infantil não tem limites. Por isso, sempre tome muito cuidado com tomadas sem capa de proteção, fios desencapados ou soltos, aparelhos elétricos abertos e fios espalhados. Se você tem crianças pequenas em casa, compre um protetor de tomadas e encaixe nas saídas de energia. Eles são super baratos e podem evitar vários acidentes. Além disso, oriente os pequenos sobre os riscos da energia elétrica. Protetores de tomada DICAS PARA FICAR LIGADO! Confira abaixo uma série de dicas para evitar acidentes domésticos relacionados à eletricidade. Evitando acidentes elétricosNunca insira objetos metálicos dentro de TVs ou computadores, pois estes aparelhos armazenam energia mesmo fora da tomada Evitando acidentes elétricosNunca retire o plugue de aterramento, pois ele evita que oscilações de energia afetem seus aparelhos eletrônicos. Evitando acidentes elétricosEvite mudar a chave do chuveiro para verão/inverno se ele estiver ligado. Sempre o desligue para evitar acidentes. Evitando acidentes elétricosSe algum aparelho está dando choques, chame um eletricista para fazer uma vistoria. Evitando acidentes elétricosSe precisar realizar um reparo em algum equipamento, sempre o desligue da tomada antes de abri-lo ou inserir alguma ferramenta em seu interior. Com alguns cuidados básicos, você evita acidentes e também se previne dos prejuízos. E você? Já tomou algum choque? Envie seu comentário. Evitando acidentes elétricos Agora que você já sabe algumas dicas para não causar ou sofrer acidentes, não deixe de compartilhar o que aprendeu com todos os seus conhecidos, afinal energia elétrica é assunto sério e todos precisam ficar ligados no bom sentido, é claro! Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/televisao/2564-evitando-acidentes-eletricos.htm#ixzz2CESuGcWg

Prevenção de acidentes no lar - Dicas Para Prevenção

Popular Catarinense
16/10/2012 11:24:37
    As recomendações para evitar acidentes dentro de casa são as mais variadas e devem ser seguidas, para evitar trajedias
    É muito comum, os noticiários divulgarem notícias de acidentes domésticos, ou seja,  acidentes que ocorrem nas nossas casas, quem nunca cortou um dedo com uma faca quando pequeno, quem nunca levou uma queda de um pé de árvore, quem nunca caiu de bicicleta ou quem já não levou um choque elétrico, seja cortando grama, seja no chuveiro, máquina de lavar, computador etc., quem nunca sofreu com algum tipo de queimadura, em enfim, acidentes cotidianos que são mais comuns e muito mais perigosos que aparentam. Sendo assim, achamos interessante repassar algumas dicas de segurança que devemos ter em nossos lares.

     QUEDAS: Muitos acidentes com queda, ocorrem nos próprios lares. Isto se explica ao fato de que nas casas existem locais potencialmente perigosos em relação a esse tipo de acidente. Os mais comuns são: janelas, tapetes inadequados em locais errados, escadas, mobílias em desacordo com as normas de segurança, etc. As recomendações são: Não deixe crianças sozinhas em cima de camas ou sofás; Coloque barreiras e não deixe que brinquem nas escadas; Cuidados com os andadores. Eles podem provocar quedas, principalmente em escadas e declives; Verifique se os brinquedos do playground são seguros (existe norma para fabricação de brinquedos) e se estão em boas condições para uso;Não permita que as crianças brinquem em telhados ou lajes.
     TALHERES: Essas “ferramentas”, são perigosas nas mãos de crianças. Oriente os pequenos quanto ao uso correto desses objetos, guarde em locais de difícil acesso para criança e se possível em recipientes fechados.
     INTOXICAÇÕES OU ENVENAMENTO: Produtos de limpeza, cosméticos e remédios devem ser mantidos longe do alcance das crianças. De preferência em armários trancados.
     ÁLCOOL E OUTROS PRODUTOS INFLAMÁVEIS: Altamente inflamável, o álcool tem sido a causa de sérios acidentes envolvendo crianças e até adultos. Quando for utilizá-lo, lembre-se: Afaste as crianças; Não perfure a tampa; Não derrame -o sobre o fogo; Mantenha-o longe do alcance das crianças; Essas recomendações também servem para o álcool em gel.
     REMÉDIOS: Sempre oriente as crianças maiores quanto ao perigo dos remédios. Todo remédio só pode ser administrado com a supervisão de um adulto. Deixe isso bem claro às crianças.
     PRODUTOSDE LIMPEZA: Esses também são a causa de muitos acidentes com crianças. Recomendações: Leia atentamente o rótulo antes de usá-lo; Use o corretamente de acordo com as orientações; Veja as recomendações no rótulo  em caso de acidente.
     COSMÉTICOS: Podem causar alergias em crianças. Não deixe que sua filha manuseie esses produtos sem seu conhecimento e supervisão.
     FOGOS DE ARTIFÍCIO: Outro causador de graves acidentes. São muitos os acidentes com queimaduras, amputações de membros e cegueira causados por esses produtos. Nunca deixe as crianças brincarem com fogos de artifício, mesmo estando com um adulto.
     VELAS: Se precisar usar uma vela, coloque-a sobre um pires ou outro recipiente seguro, de modo que se a vela cair ou chegar ao seu fim, não tenha contato com possíveis materiais inflamáveis. Nunca deixe velas sobre móveis ou perto de cortinas, tapetes ou camas.
     FÓSFORO E ISQUEIROS: Esses produtos também devem ser mantidos longe do alcance das crianças. Após o uso, guarde em local seguro. Se usados incorretamente, podem causar queimaduras e provocar incêndios. Nunca risque um palito de fósforo em sua direção.
     INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ELETRODOMÉSTICOS: Igualmente no seu local de trabalho nos nossos lares, encontramos dezenas de equipamentos elétricos, desde a nossa geladeira até ferramentas portáteis, como furadeiras, máquina de cortar grama (a mais perigosa e condutora de eletricidade – principalmente com a grama molhada), chuveiro elétrico, em fim uma infinidade.
    É OBRIGATÓRIO o aterramento elétrico de todo dispositivo que funcione através de fonte elétrica, ou seja,  de energia elétrica, desde as Instalações Elétricas até os eletrodomésticos, além de proteções em tomadas, isolamentos e outras formas de prevenção do choque elétrico. Recomenda-se o bloqueamento de tomadas elétricas, muito comum crianças enfiarem moedas, clipes e outros materiais metálicos nas tomadas, facas, etc., revise e projete suas instalações elétricas, pois 90% dos incêndios são provocados por instalações elétricas precárias.


     LEMBRE-SE: “É dentro de nossos lares que aprendemos as boas maneiras e os bons costumes, pois da porta para fora temos que levar a sabedoria que adquirimos no nosso lar, na nossa família, pois quando estamos certos, ninguém se lembra, mas quando estamos errados, ninguém esquece, pois não esqueça que a caridade começa no campo doméstico e não tem limites para terminar, é para sempre...”.

Joel Martins dos Passos –Téc. de Segurança do Trabalho / Reg. Nº 47/01452-8 SST/MTB  / CREA-SC 096698-6 – Cel. 48-9942-4729  email: joelsegtrab@hotmail.com

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eletricidade ou energia elétrica ?



By Lucien Silvano Alhanati
     
Eletricidade ou energia elétrica ?
-Vô, não entendo a diferença entre eletricidade e energia elétrica.
Assistindo na televisão a um programa sobre ecologia o apresentador afirma que as usinas nucleares de Angra fornecem 30% da eletricidade consumida no estado do Rio de Janeiro. Todos os técnicos das usinas entrevistados pelo jornalista falam em energia elétrica produzida pelas usinas.
Num outro programa sobre as usinas termoelétricas de Sevilha na Espanha que aproveitam a energia solar mais uma vez o jornalista responsável pela matéria afirma que as usinas fornecem eletricidade para a região e o engenheiro entrevistado fala sobre a energia elétrica produzida pelas usinas.
-Afinal das contas as as usinas geram eletricidade ou energia elétrica ?
-Nem uma coisa nem outra as usinas não geram energia elétrica e muito menos eletricidade.
Para entender vamos por partes.
Denomina-se de eletricidade ou carga elétrica a uma propriedade das partículas que constituem os átomos. Existem dois tipos de eletricidade denominados de eletricidade negativa e eletricidade positiva. Para os jovens com a sua escolaridade as mais importantes partículas atômicas providas de eletricidade são os elétrons e os prótons.
Os elétrons possuem eletricidade negativa e existem preponderantemente na periferia dos átomos
Os prótons possuem eletricidade positiva e são encontrados nos núcleos atômicos.
Nenhum equipamento usado cotidianamente pelo homem é capaz de criar ou destruir elétrons e prótons.
Energia elétrica é um tipo de energia que pode armazenada e transportada pelas cargas elétricas.
Existem equipamentos que transformam uma outra forma de energia em energia elétrica, este equipamentos são denominados impropriamente de geradores, uma vez que eles não geram nada.
As usinas são constituídas basicamente por geradores que transformam uma outra forma de energia em energia elétrica.
-Qual é o tipo de usina mais comum ?
-É aquela que transforma energia cinética ou seja energia de movimento em energia elétrica.
-Qual é a origem da energia cinética usada pelas usinas ?
-Como é transportada a energia elétrica da usina ao consumidor ?
-A energia elétrica é transportada pelos elétrons existentes nos átomos encontrados nos condutores das linhas de transmissão. 
Os elétrons recebem a energia elétrica nas usinas, deslocam-se até os consumidores deixam a energia e voltam para receber mais. Em resumo as cargas elétricas são apenas os transportadores de energia das usinas para os consumidores.
-Qual é o destino dado pelos consumidores à energia recebida por intermédio das linhas de transmissão ?
-Os consumidores possuem equipamentos que transformam a energia elétrica em outra forma de energia para ser utilizada como o calor, a luz, o som, o movimento etc.
-A animação abaixo mostra em funcionamento o sistema de transformação e transporte de energia .
-Ótimo vô, sabia que eu podia contar com você para tirar as minhas dúvidas, obrigadão.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como reduzir os seus custos com a eletricidade

Aprenda a reduzir os seus custos com a eletricidade
1. Apresentação
Ao longo de muitos anos o homem utilizou a energia sem se preocupar muito com os seus custos e com os prejuízos ao meio ambiente. Durante todo esse tempo diversas atitudes que hoje são consideradas censuráveis, foram tomadas causando desperdícios e elevando as despesas em todos os segmentos de nossa economia.  Além disso, sérios danos foram causados ao meio ambiente devido a essas práticas.
Hoje, porém, a situação mudou e no mundo todo o consumo excessivo de energia vem sendo combatido de forma veemente e às vezes até mesmo agressiva pelos governos e Ong´s. Diversos programas vêm sendo desenvolvidos em todo o mundo com o objetivo de conscientizar a população do quanto é importante usar-se a energia de forma eficiente, isto é, de maneira a diminuirmos o consumo sem que haja qualquer prejuízo nos níveis de conforto, segurança e produtividade.
Neste trabalho procuramos abordar, de forma clara e sucinta, os itens que representam a maior parcela de consumo de energia elétrica para a maioria dos consumidores.
2. Relacione-se bem com a sua Concessionária
A distribuição de energia elétrica é um serviço público, regulado e fiscalizado pelo governo.
O Município em que você mora é atendido por pelo menos uma Empresa que recebeu do governo uma concessão para fornecer energia elétrica aos diversos consumidores. Essa Empresa recebe então o nome de Concessionária.
A Concessionária tem diversas obrigações perante os consumidores, mas estes também têm compromissos a satisfazer. Essas obrigações e direitos estão especificados em Legislação estabelecida pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Obs.: Se você desejar conhecer essa Legislação na íntegra, acesse o Site do Portal Energiamais e clique em "Legislação".
É importante, portanto, que você conheça alguns dos seus direitos e também obrigações para que possa relacionar-se bem com a sua Concessionária.
Lembrete: A ANEEL determina que na conta de luz que você recebe mensalmente exista um número de telefone para você se comunicar gratuitamente com a sua concessionária. Tenha esse número sempre à mão e use-o quando for necessário.
Vamos agora mostrar-lhe algumas situações em que você deverá contatar a sua concessionária:

  • Necessidade de aumento de carga
  • Quando houver interrupção do fornecimento de energia elétrica
  • Dúvidas com relação a cobranças
  • Dúvidas com relação à fatura mensal
3. A Instalação Elétrica
Para que uma instalação elétrica venha a atender à todas as exigências de segurança e não  proporcionar consumo excessivo de eletricidade é necessário que ela seja projetada e executada por profissionais credenciados. Uma instalação mal projetada ou executada poderá trazer-lhe grandes prejuízos e aborrecimentos.
Para evitarmos perdas ou reduzirmos os seus valores a níveis aceitáveis é necessário que a fiação esteja bem dimensionada e que os circuitos estejam equilibrados.
Você também deverá criar o hábito de pelo menos uma vez por ano, fazer uma manutenção preventiva na sua instalação elétrica de forma a preservar o seu bom funcionamento e evitar danos aos equipamentos nela ligados.
3.1. Os circuitos da sua instalação elétrica
A sua instalação elétrica está dividida em partes, cada uma delas chamada de circuito. Para o seu bom funcionamento é necessário que cada circuito tenha o seu próprio dispositivo de proteção (disjuntor ou fusível).
Para evitar perdas excessivas é imprescindível que os circuitos estejam bem dimensionados, isto é, que a fiação usada seja a adequada e que os dispositivos de segurança sejam os apropriados para a carga instalada.
3.2. Fuga de corrente
Fios desencapados, emendas mal feitas e defeitos nos equipamentos são os principais motivos das fugas de corrente. Essas fugas trazem grandes perdas de energia mas podem ser diagnosticadas com bastante facilidade. Se você desconfiar que existem fugas de corrente em sua instalação ou em algum equipamento, siga os seguintes procedimentos:
Fuga de corrente na instalação elétrica
  • Mantenha a chave geral ligada (ou o disjuntor geral)
  • Desligue todos os equipamentos, inclusive a iluminação.
  • Verifique se o disco do medidor está girando
  • Caso o disco estiver girando, provavelmente há fuga de corrente; uma outra possibilidade é um defeito no medidor;
  • Para tirar a dúvida sobre a origem do problema, desligue a chave geral (ou o disjuntor geral)
  • Se o disco continuar girando o defeito é do medidor; nesse caso entre em contato com a concessionária para que o medidor seja substituído
  • Se o disco parar de girar o problema é na sua instalação que está apresentando fuga de corrente; peça o auxílio de um profissional credenciado
Fuga de corrente em equipamentos

  • Mantenha a chave geral ligada
  • Desligue todos os equipamentos, tirando-os das tomadas
  • Ligue na tomada um equipamento de cada vez
  • Caso o disco do medidor comece a girar, isso significa que aquele equipamento está com defeito.
4. A Iluminação
Para que um sistema de iluminação venha a apresentar um bom desempenho, isto é, seja econômico sem prejudicar os níveis de conforto, segurança e produtividade, é necessário que ele atenda aos seguintes requisitos:

  • Aproveitamento máximo da luz natural
  • Determinação das áreas de utilização
  • Nível de iluminamento adequado ao trabalho a ser realizado (verificar em tabelas específicas)
  • Divisão do sistema de iluminação em vários circuitos de utilização
  • Iluminação localizada em pontos especiais
  • Sistema que permita retirar do ambiente o calor produzido pelas lâmpadas
  • Utilização de lâmpadas, luminárias e acessórios que buscam um menos consumo de energia.
5. O ar condicionado
A climatização é a melhor opção sob o ponto de vista econômico, porém somente pode ser aproveitada em todo o seu potencial quando a construção arquitetônica é projetada atendendo a determinadas condições técnicas. Se você precisar construir ou ampliar a sua residência ou qualquer outra edificação, consulte um especialista no assunto que ele saberá auxilia-lo.
Se você necessitar recorrer aos aparelhos de ar condicionado, saiba que eles são grandes consumidores de energia elétrica e que, para evitar desperdícios algumas regras devem ser obedecidas.
Como escolher o aparelho de ar condicionado ideal
A aquisição do aparelho é o primeiro passo a ser tomado e, sem dúvida, o mais importante de todos. Você deve escolher a capacidade (em BTU´s) do condicionador de acordo com a área a ser refrigerada e a localização do ambiente. Procure um profissional para auxiliá-lo.
Os fabricantes de aparelhos de ar condicionado fornecem tabelas que nos permitem escolher o mais adequado às nossas necessidades.
Como instalar o seu aparelho de ar condicionado
Para que você instale o seu aparelho de ar condicionado de forma satisfatória, vamos apresentar os passos que você deve seguir:

  • Escolha o local da instalação de forma que no mesmo não haja incidência direta de raios solares.
  • Para que as condições de refrigeração sejam facilitadas, instale o aparelho, sempre que possível, com a sua frente voltada para a maior dimensão do ambiente.
  • Jamais instale o aparelho com a face externa voltada para locais fechados.
  • Para que a sensação de frio produzida pelo aparelho possa descer e o ar quente do meio ambiente subir com mais facilidade, recomenda-se que o condicionador seja instalado a uma altura mínima de 1,80m do chão e a uma distância máxima de 0,50m do teto.
  • Certifique-se de que não haja tubulações de qualquer natureza na parede onde será instalado o aparelho.
  • Instale o aparelho bem distante de recipientes e canalizações de combustível, evitando explosões e incêndios em caso de vazamentos.
  • O aparelho de ar condicionado deve ficar distante de cortinas e de outros obstáculos que possam dificultar a circulação do ar.
  • As venezianas laterais externas do condicionador de ar devem estar totalmente livres; o bom funcionamento do aparelho depende desta providência simples.
  • Externamente, o local onde o aparelho vai ser instalado deve permitir com facilidade a drenagem da água condensada.
  • Verifique se o valor da tensão indicada na etiqueta do seu aparelho de ar condicionado (127 volts ou 220 volts) coincide com a tensão da rede de sua loja.
  • Examine a rede elétrica de sua loja, verificando se todos os condutores, eletrodutos e demais equipamentos estão em boas condições e dimensionados para suportar o aumento de carga que será exigido pelo aparelho de ar condicionado a ser instalado.
  • Esta providência simples poderá lhe evitar sérios aborrecimentos.
  • O circuito elétrico para a instalação do condicionador de ar deve ser independente, isto é, ele deve servir unicamente ao aparelho.
  • Se a rede elétrica de sua loja for monofásica (127 volts), instale apenas um disjuntor no fio fase.
  • Se a rede elétrica de sua loja for bifásica (220 volts com duas fases), instale um disjuntor duplo.
FONTE:  http://www.artigonal.com

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Choque elétrico – Riscos, mitos e prevenção

A eletricidade não admite improvisações, ela não tem cheiro, não tem cor, não é quente nem fria. Ela é fatal.
O contato com eletricidade pode gerar acidentes pessoais graves, tanto pelo desconhecimento de seus princípios e perigos em leigos, como pelo excesso de confiança em profissionais habilitados.
Choque Elétrico:
O choque elétrico é uma conseqüência da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, quando tocamos em algum elemento energizado e temos outro ponto de nosso corpo exposto ao terra (piso por exemplo).
Os efeitos desta corrente no corpo humano dependerão da corrente (e não da tensão).
Para termos uma idéia:
Correntes entre 10 mA e 20 mA podem causar uma sensação dolorosa;
Correntes maiores que 20 mA e menores que 100 mA causam dificuldades na respiração e pode causar morte por asfixia se não socorrido a tempo.
Correntes superiores a 100 mA matam.
A resistência do corpo humano varia de 1000 a 3000 ohms. Não gostaria aqui em aprofundarmos em detalhes matemáticos, mas uma simples conta nos permite concluir que o corpo desprotegido de qualquer proteção, em contato com uma tensão de 127 V, permite uma corrente de até 100 mA pelo corpo, ou seja, 5 vezes maior que a corrente que pode causar a morte.
Nossa sorte é que na maioria dos incidentes envolvendo choques elétricos, estamos calçados e secos, limitando a corrente.
O maior risco é quando estamos descalços e molhados. Neste caso o contato de nossa pele com o terra é praticamente sem resistência, aumentando em muito a corrente pelo corpo.


Outro risco sério de choque elétrico e muitas vezes desconsiderado são as descargas atmosféricas, ou raios. Quando estas ocorrem, mesmo que não caia em cima da pessoa, a descarga se espalha no piso até se neutralizar e se pessoas estiverem neste caminho, poderão sentir efeitos e até mesmo morrerem.
Então já podemos perceber que o assunto é muito sério e infelizmente há vários mitos e afirmações sem fundamentos relacionados à eletricidade e alguns gostaria de comentar.

Mito: Choque em tomada de 110v é menos sério que em 220v!
Falso: A empresa que distribui eletricidade em nossas residências nos coloca à disposição até três cabos energizados (que chamamos de fase) e um cabo aterrado (que chamamos de neutro).
Se ligarmos na tomada uma fase e neutro, teremos 127v, se ligarmos duas fases, teremos 220v.
A única maneira de estarmos expostos a um choque de 220v seria se pegássemos uma fase com uma das mãos e outra fase com a outra mão. Como isto é muito raro, normalmente o choque ocorre ao tocarmos uma das fases, mesmo em tomadas de 220v,  o choque para a terra será sempre de 127v.
A grande diferença então é que em uma tomada de 220v, ambos os conectores causarão o choque e na tomada de 110v, apenas um causará o choque. Aqui ainda vale o alerta que em uma instalação residencial não corretamente executada, o neutro pode também causar o choque e as vezes em condições mais graves que a própria fase.

Mito: O choque gruda!
Falso: Um dos fenômenos que ocorre com nosso corpo ao sermos submetidos ao choque elétrico é a contração muscular.
Na realidade, ao tocarmos em um elemento energizado, os músculos da mão poderão ser contraídos e se estivermos segurando o elemento energizado, nossa mão irá fechar e nos prender ao elemento, dando a falsa ideia que o choque gruda.

Mito: Se você estiver usando bota de borracha você não leva choque.
Parcialmente falso: Isto é o mesmo que dizer se você estiver usando camisinha, não pega AIDS com uma agulha infectada.
A bota de borracha irá proteger contra a passagem da corrente elétrica para o terra pelos teus pés. Mas se alguma outra parte do teu corpo estiver em contato com o terra (os ombros tocando uma parede ou pilastra por exemplo) você está sujeito ao choque e possivelmente mais mortal pois a corrente poderá passar diretamente pelo coração.
De qualquer maneira, o uso da bota sempre e recomendado quando lidarmos com equipamentos energizados. Mas a bota deve estar em boas condições, sem furos ou rachaduras e também se não estiver encharcada interna e externamente.

Mito: Em locais com pára-raios próximos, podemos ficar expostos ao tempo sem problemas.
Falso: A proteção de um pára-raios é semelhante à um cone e protege ate uma distancia da metade de sua altura. Ou seja, um para-raios em uma altura de 20 metros, deixa de proteger a partir de 8, 10 metros.
Por isto, a maneira mais segura de se proteger contra os raios é quevocê buscar um abrigo protegido (nunca em baixo de arvores) até a tempestade parar. Lembre-se que não necessita estar chovendo para ter um raio, este pode existir mesmo antes de caírem as primeiras gotas.
Mesmo em áreas com proteção de pára-raios, é proibitivo se manter dentro de piscinas ou do mar durante o período com possibilidades de raios.
E não se preocupe em saber se o raio sobe ou desce, mas que ele mata!

Mito: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. 
Falso: A incidência de raios na TORRE  EIFEL na França é média de 50 vezes ao ano. No EMPIRE  STATE nos USA é média de 40 descargas por ano. Apenas estas duas informações já desmentem o ditado popular.

Mito: É perigoso segurar objetos metálicos durante as tempestades.
Sim e não. Segurar objetos pequenos, como uma tesoura ou alicate, não provoca risco.
Entretanto, carregar um objeto metálico de maiores dimensões, ou até mesmo pá ou outra ferramenta metálica acima de sua cabeça e em um local descampado pode oferecer riscos.

Mito: Não há perigo no uso do telefone durante uma tempestade, se estivermos protegidos dentro de casa.
Falso:  Durante uma tempestade devemos evitar não apenas o uso de telefones com fio, como qualquer equipamento elétrico com cabos conectados à rede. A descarga atmosférica na própria residência ou mesmo na fiação dos postes, apesar de suas proteções, pode ser propagada por todos os cabos na residência, incluindo tomadas, telefones com fio e chuveiro elétrico.
Mito: Podemos deixar cabos elétricos sobre um piso molhado sem perigo, se estes cabos forem isolados e sem emendas.
Falso: Infelizmente esta é a causa da maioria dos acidentes graves com eletricidade.
Mesmo cabos novos podem apresentar defeitos difíceis de serem detectados a olho nu. Um pequeno furo ou rachadura no cabo permitem que todo o piso molhado seja eletrificado e neste caso a corrente poderá passar pelas suas pernas e corpo.

Mandamentos de segurança:
  • Apenas profissionais habilitados e com ferramental adequado podem efetuar reparos em equipamentos energizados.
  • A substituição de uma lâmpada pode expor a pessoa ao risco de choque elétrico. Sempre aconselhamos o desligamento da energia elétrica em qualquer ação corretiva em equipamentos elétricos.
  • Faça o aterramento dos eletrodomésticos sempre que solicitados pelos fabricantes. E nunca no neutro, mas em um terra confiável.
  • Muito cuidado com o uso de conectores tipo "T” em residências. O excesso de corrente pode danificar cabos e o próprio conector por elevação da temperatura.
  • Não use fios emendados, velhos ou danificados.
  • Não utilize eletrodomésticos estando descalço, principalmente se o chão estiver molhado.
  • Um grande risco menosprezado pelas mulheres está nas famosas “chapinhas” ou com secadores de cabelo que nunca devem ser usados com os pés descalços. Também ao passar roupas, nunca fazê-lo com os pés descalços.
  • Não desligue um eletrodoméstico da tomada puxando pelo fio, sempre use o plugue.
  • EM residências com crianças e especialmente com bebes, devem ter todas as tomadas protegidas contra o contato acidental. A curiosidade infantil é uma das maiores causas de choques elétricos residenciais.
  • Muito cuidado com o chuveiro elétrico, é importante que a instalação seja feita de maneira correta, com o fio terra do equipamento conectado diretamente ao aterramento da residência. Conectá-lo em pregos na parede do banheiro, no fio neutro ou no cano d'água são procedimentos perigosos. Além disso, não mude a chave de regulagem da temperatura enquanto toma banho, pois se houver vazamento de corrente elétrica, o risco de levar um choque fatal é muito grande.
  • Cuidado com cercas elétricas. As mesmas devem ser instaladas por pessoal competente e conhecedor das normas de proteção.
  • 98,4% das residências não possuem o dispositivo DR instalado, que é um elemento obrigatório desde 1997 e fundamental para a proteção das pessoas contra os perigos resultantes dos choques elétricos.
Primeiros Socorros à Vítima de Choque Elétrico
As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos, pesquisas mostram que uma pessoa que sofra perda de sentidos com o choque elétricos e atendida corretamente 1 minuto após o choque grave tem 95% de chances de sobrevida. 6 minutos depois suas chances serão menores que 1%.
Por não ser minha área de experiência, vou evitar detalhar formas de primeiro socorro à vitimas, mas recomendo a todos que consultem profissionais de saúde para conhecerem os procedimentos corretos de reanimação. Jamais sabemos se teremos necessidade de salvar a vida de um amigo ou familiar.
O mais importante, antes dos procedimentos de respiração artificial e reanimação, é não tocar o corpo da vítima antes de livrá-la da corrente elétrica, com a máxima segurança possível e a máxima rapidez, nunca use as mãos ou qualquer objeto metálico ou molhado para interromper um circuito ou afastar um fio.

O ultimo e maior dos mitos:
Quando uma pessoa morre de algum acidente tipo choque elétrico, morreu porque chegou sua hora ou foi um acidente ?
Não sei se vale esta discussão. Não existe acaso, não existe sorte, não existem acidentes.
[A vida é perfeita demais para isso].
Mas, ao mesmo tempo, todos nós temos livre-arbítrio e somos responsáveis pelos nossos atos.
O que faz com que tudo se encaixe perfeitamente, sem nenhuma brecha de erro, é sem duvida Deus.

Luis Henrique Lourenço de Camargo
Batatais - SP
Publicada em 04/03/2011.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Linda Mensagem....

Prezados sei que não tem nada com eletricidade, mas, não posso deixar de repassar esta linda mensagem...
Um filho
pergunta à mãe:
- Mãe,posso ir ao
hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele
tem??
O filho, com a cabeça
baixa, diz:
- Tumor no
cérebro.
A mãe,
furiosa, diz:
-E você
quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e
vai...
Horas depois ele volta
Vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha
frente!
A mãe, com
raiva:
- E agora?! Tá feliz?!
Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de
um sorriso,ele diz:
- Muito,
pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e
dizer:
"- EU TINHA CERTEZA QUE
VOCÊ VINHA!"

Moral da história: A amizade não se resume só em horas
boas,alegria e
festa.
Amigo é
para todas as horas, boas ou ruins,tristes ou
alegres.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Valorização Profissional, por Eduardo Braga.

Caros,
atualmente, venho recebendo solicitações de eletricistas no tocante à emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica para fornecimento de energia elétrica a edificações cuja carga ultrapasse 12.00kVA.
No padrão AMPLA, demandas deste valor estão compreendidas entre fornecimentos tripolares de 40A e 50A, mas para uma simplificação momentânea, a AMPLA está solicitando ( por enquanto ) ART somente para instalações tripolares a partir de 50A.
As ARTs devem ser emitidas para comprovação que a instalação possuiu um responsável técnico durante sua confecção.
Mas, o que encontramos é justamente o contrário. Instalações já concluídas e que necessitam ( na maioria dos casos, urgentemente ) de um responsável SOMENTE para a assinatura.
O uso do SOMENTE remete a mão de obra técnica a um patamar insignificante, como se fosse uma reles questão burocrática, um insumo pífio para a obtenção de um resultado, quando sabemos que, realmente, não funciona assim.
Uma edificação normal deve ser projetada, executada, comissionada e entregue, cada item destes tem que ter seu profissional habilitado e com emissão de ART de cada item, justamente o inverso do que acontece nos dias de hoje, onde, para o cliente radicado no Noroeste Fluminense, somente é necessário um projeto de arquitetura ( pois é obrigatório para registro na prefeitura ) para que sua edificação esteja "regularizada".
Vale lembrar que a NBR 5410 torna OBRIGATÓRIO o uso de equipamentos de proteção e insumos que NÃO são usados, atualmente, pelos eletricistas e cabe a nós, técnicos, implantar o uso destes equipamentos e materiais na rotina dos profissionais que trabalham com instalações elétricas ( entenda como profissionais os eletricistas e revendedores de materiais elétricos ) e consumidor final.
Lembrem-se que nenhum eletricista ou revendedor, por mais capacitado que seja, sabe a real importância da utilização e nem como especificar corretamente Dispositivos de Proteção contra Surtos, Dispositivos Diferenciais Residuais, Cabos LS0H, tudo isso cabe à mão de obra técnica. Itens como este nunca são observados em uma instalação quando o responsável ( emissor da ART ) não está presente, portanto assumir a responsabilidade por instalações assim pode ser muito perigoso para a vida profissional do técnico e para os usuários do imóvel em questão.
Em caso de algum sinistro em instalações assim, os clientes ( instruídos por seus advogados ) não hesitarão para confirmar em juízo que o técnico foi negligente, imprudente e incompetente ao permitir que a instalação prosseguisse de maneira incorreta; e eles não estão errados em afirmar, só não querem pagar por isso, mas querem receber o tratamento como se tivessem pago. Qualquer valor cobrado sempre se mostrará insignificante perante ao valor de perda material ou vida humana.
Segundo dados do CBMESP, as instalações elétricas não funcionam como um mero coadjuvante ou um complemento para as edificações, elas constituem os sistemas que darão vida à edificação ( segue link para download de livro tratando deste assunto http://bombeiros.sp.gov.br/livro_seg/Aseguranca_contra_incendio_no_Brasil.pdf ).
Portanto, técnico, faça valer seus conhecimentos e informe ao cliente que ele necessita de mais que uma assinatura, pois você passará um cheque em branco para ele caso assine sem checar e determinar alterações necessárias ao perfeito funcionamento da edificação.
 
Créditos: Eduardo Braga 
              Técnico em Eletrotécnica
 
Amigo, concordo plenamente com tudo o que disse, por isso resolvi postar no blog, Caso queira acrescentar algo é só falar, parabéns pela colocação.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Choque elétrico ? Riscos, mitos e prevenção


Choque elétrico – Riscos, mitos e prevenção

A eletricidade não admite improvisações, ela não tem cheiro, não tem cor, não é quente nem fria. Ela é fatal.
O contato com eletricidade pode gerar acidentes pessoais graves, tanto pelo desconhecimento de seus princípios e perigos em leigos, como pelo excesso de confiança em profissionais habilitados.
Choque Elétrico:
O choque elétrico é uma conseqüência da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, quando tocamos em algum elemento energizado e temos outro ponto de nosso corpo exposto ao terra (piso por exemplo).
Os efeitos desta corrente no corpo humano dependerão da corrente (e não da tensão).
Para termos uma idéia:
Correntes entre 10 mA e 20 mA podem causar uma sensação dolorosa;
Correntes maiores que 20 mA e menores que 100 mA causam dificuldades na respiração e pode causar morte por asfixia se não socorrido a tempo.
Correntes superiores a 100 mA matam.
A resistência do corpo humano varia de 1000 a 3000 ohms. Não gostaria aqui em aprofundarmos em detalhes matemáticos, mas uma simples conta nos permite concluir que o corpo desprotegido de qualquer proteção, em contato com uma tensão de 127 V, permite uma corrente de até 100 mA pelo corpo, ou seja, 5 vezes maior que a corrente que pode causar a morte.
Nossa sorte é que na maioria dos incidentes envolvendo choques elétricos, estamos calçados e secos, limitando a corrente.
O maior risco é quando estamos descalços e molhados. Neste caso o contato de nossa pele com o terra é praticamente sem resistência, aumentando em muito a corrente pelo corpo.


Outro risco sério de choque elétrico e muitas vezes desconsiderado são as descargas atmosféricas, ou raios. Quando estas ocorrem, mesmo que não caia em cima da pessoa, a descarga se espalha no piso até se neutralizar e se pessoas estiverem neste caminho, poderão sentir efeitos e até mesmo morrerem.
Então já podemos perceber que o assunto é muito sério e infelizmente há vários mitos e afirmações sem fundamentos relacionados à eletricidade e alguns gostaria de comentar.

Mito: Choque em tomada de 110v é menos sério que em 220v!
Falso: A empresa que distribui eletricidade em nossas residências nos coloca à disposição até três cabos energizados (que chamamos de fase) e um cabo aterrado (que chamamos de neutro).
Se ligarmos na tomada uma fase e neutro, teremos 127v, se ligarmos duas fases, teremos 220v.
A única maneira de estarmos expostos a um choque de 220v seria se pegássemos uma fase com uma das mãos e outra fase com a outra mão. Como isto é muito raro, normalmente o choque ocorre ao tocarmos uma das fases, mesmo em tomadas de 220v,  o choque para a terra será sempre de 127v.
A grande diferença então é que em uma tomada de 220v, ambos os conectores causarão o choque e na tomada de 110v, apenas um causará o choque. Aqui ainda vale o alerta que em uma instalação residencial não corretamente executada, o neutro pode também causar o choque e as vezes em condições mais graves que a própria fase.

Mito: O choque gruda!
Falso: Um dos fenômenos que ocorre com nosso corpo ao sermos submetidos ao choque elétrico é a contração muscular.
Na realidade, ao tocarmos em um elemento energizado, os músculos da mão poderão ser contraídos e se estivermos segurando o elemento energizado, nossa mão irá fechar e nos prender ao elemento, dando a falsa ideia que o choque gruda.

Mito: Se você estiver usando bota de borracha você não leva choque.
Parcialmente falso: Isto é o mesmo que dizer se você estiver usando camisinha, não pega AIDS com uma agulha infectada.
A bota de borracha irá proteger contra a passagem da corrente elétrica para o terra pelos teus pés. Mas se alguma outra parte do teu corpo estiver em contato com o terra (os ombros tocando uma parede ou pilastra por exemplo) você está sujeito ao choque e possivelmente mais mortal pois a corrente poderá passar diretamente pelo coração.
De qualquer maneira, o uso da bota sempre e recomendado quando lidarmos com equipamentos energizados. Mas a bota deve estar em boas condições, sem furos ou rachaduras e também se não estiver encharcada interna e externamente.

Mito: Em locais com pára-raios próximos, podemos ficar expostos ao tempo sem problemas.
Falso: A proteção de um pára-raios é semelhante à um cone e protege ate uma distancia da metade de sua altura. Ou seja, um para-raios em uma altura de 20 metros, deixa de proteger a partir de 8, 10 metros.
Por isto, a maneira mais segura de se proteger contra os raios é quevocê buscar um abrigo protegido (nunca em baixo de arvores) até a tempestade parar. Lembre-se que não necessita estar chovendo para ter um raio, este pode existir mesmo antes de caírem as primeiras gotas.
Mesmo em áreas com proteção de pára-raios, é proibitivo se manter dentro de piscinas ou do mar durante o período com possibilidades de raios.
E não se preocupe em saber se o raio sobe ou desce, mas que ele mata!

Mito: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. 
Falso: A incidência de raios na TORRE  EIFEL na França é média de 50 vezes ao ano. No EMPIRE  STATE nos USA é média de 40 descargas por ano. Apenas estas duas informações já desmentem o ditado popular.

Mito: É perigoso segurar objetos metálicos durante as tempestades.
Sim e não. Segurar objetos pequenos, como uma tesoura ou alicate, não provoca risco.
Entretanto, carregar um objeto metálico de maiores dimensões, ou até mesmo pá ou outra ferramenta metálica acima de sua cabeça e em um local descampado pode oferecer riscos.

Mito: Não há perigo no uso do telefone durante uma tempestade, se estivermos protegidos dentro de casa.
Falso:  Durante uma tempestade devemos evitar não apenas o uso de telefones com fio, como qualquer equipamento elétrico com cabos conectados à rede. A descarga atmosférica na própria residência ou mesmo na fiação dos postes, apesar de suas proteções, pode ser propagada por todos os cabos na residência, incluindo tomadas, telefones com fio e chuveiro elétrico.
Mito: Podemos deixar cabos elétricos sobre um piso molhado sem perigo, se estes cabos forem isolados e sem emendas.
Falso: Infelizmente esta é a causa da maioria dos acidentes graves com eletricidade.
Mesmo cabos novos podem apresentar defeitos difíceis de serem detectados a olho nu. Um pequeno furo ou rachadura no cabo permitem que todo o piso molhado seja eletrificado e neste caso a corrente poderá passar pelas suas pernas e corpo.

Mandamentos de segurança:
  • Apenas profissionais habilitados e com ferramental adequado podem efetuar reparos em equipamentos energizados.
  • A substituição de uma lâmpada pode expor a pessoa ao risco de choque elétrico. Sempre aconselhamos o desligamento da energia elétrica em qualquer ação corretiva em equipamentos elétricos.
  • Faça o aterramento dos eletrodomésticos sempre que solicitados pelos fabricantes. E nunca no neutro, mas em um terra confiável.
  • Muito cuidado com o uso de conectores tipo "T” em residências. O excesso de corrente pode danificar cabos e o próprio conector por elevação da temperatura.
  • Não use fios emendados, velhos ou danificados.
  • Não utilize eletrodomésticos estando descalço, principalmente se o chão estiver molhado.
  • Um grande risco menosprezado pelas mulheres está nas famosas “chapinhas” ou com secadores de cabelo que nunca devem ser usados com os pés descalços. Também ao passar roupas, nunca fazê-lo com os pés descalços.
  • Não desligue um eletrodoméstico da tomada puxando pelo fio, sempre use o plugue.
  • EM residências com crianças e especialmente com bebes, devem ter todas as tomadas protegidas contra o contato acidental. A curiosidade infantil é uma das maiores causas de choques elétricos residenciais.
  • Muito cuidado com o chuveiro elétrico, é importante que a instalação seja feita de maneira correta, com o fio terra do equipamento conectado diretamente ao aterramento da residência. Conectá-lo em pregos na parede do banheiro, no fio neutro ou no cano d'água são procedimentos perigosos. Além disso, não mude a chave de regulagem da temperatura enquanto toma banho, pois se houver vazamento de corrente elétrica, o risco de levar um choque fatal é muito grande.
  • Cuidado com cercas elétricas. As mesmas devem ser instaladas por pessoal competente e conhecedor das normas de proteção.
  • 98,4% das residências não possuem o dispositivo DR instalado, que é um elemento obrigatório desde 1997 e fundamental para a proteção das pessoas contra os perigos resultantes dos choques elétricos.
Primeiros Socorros à Vítima de Choque Elétrico
As chances de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem com o passar de alguns minutos, pesquisas mostram que uma pessoa que sofra perda de sentidos com o choque elétricos e atendida corretamente 1 minuto após o choque grave tem 95% de chances de sobrevida. 6 minutos depois suas chances serão menores que 1%.
Por não ser minha área de experiência, vou evitar detalhar formas de primeiro socorro à vitimas, mas recomendo a todos que consultem profissionais de saúde para conhecerem os procedimentos corretos de reanimação. Jamais sabemos se teremos necessidade de salvar a vida de um amigo ou familiar.
O mais importante, antes dos procedimentos de respiração artificial e reanimação, é não tocar o corpo da vítima antes de livrá-la da corrente elétrica, com a máxima segurança possível e a máxima rapidez, nunca use as mãos ou qualquer objeto metálico ou molhado para interromper um circuito ou afastar um fio.

O ultimo e maior dos mitos:
Quando uma pessoa morre de algum acidente tipo choque elétrico, morreu porque chegou sua hora ou foi um acidente ?
Não sei se vale esta discussão. Não existe acaso, não existe sorte, não existem acidentes.
[A vida é perfeita demais para isso].
Mas, ao mesmo tempo, todos nós temos livre-arbítrio e somos responsáveis pelos nossos atos.
O que faz com que tudo se encaixe perfeitamente, sem nenhuma brecha de erro, é sem duvida Deus.

Luis Henrique Lourenço de Camargo
Batatais - SP
Publicada em 04/03/2011.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Eletricidade Estática

Apesar de ser matéria corrente no ensino público, muitos desconhecem os efeitos causados pela Eletricidade Estática ou E.S.D. (EletroStatic Discharge) nos componentes sensíveis do computador.
Em geral ela se processa devido ao atrito de materiais isolantes tipo: lã, carpete, cabelo entre outros. O clima seco favorece muito este fenômeno.
O fato de caminhar, sentar ou estender o braço pode produzir eletricidade estática, devido à separação de cargas elétricas na fase de atrito entre materiais diferentes.
Cargas elétricas assim separadas podem se acumular em nosso corpo e, quando tocamos em algo que está eletricamente neutro, essas cargas podem passar para esse objeto eletrizando-o.
A casos que a tensão criada pode ultrapassar 200.000 volts. Normalmente estas tensões são observadas em aviões e helicópteros no momento de aterrissagem.
Antigamente os caminhões tanque em especial os que carregavam combustível mantinham uma corrente arrastando no asfalto para descarregar a estática, isto porque ao conectar a mangueira para descarregar o combustível no destino, poderia haver uma faísca e incendiar a carga. Os veículos movido a gás natural utilizam uma haste de aterramento para esse fim próxima ao bico de abastecimento.
Mas voltando ao assunto, é alta tensão mas baixíssima amperagem ao qual não nos machuca ou mata, mas danifica componentes eletrônicos sensíveis em especial os chipsets, processadores, placas e pentes de memória.
Já presenciei muitos casos de pessoas que numa simples limpeza no computador ou colocação de um novo dispositivo estar as voltas com um problema mais grave ou erros inexplicáveis, mas analisando o que foi feito podemos concluir que houve a possibilidade de danos devido a eletricidade estática.
Sou contra o uso de pincéis na limpeza de placas por este motivo, você poderá me dizer que conhece o seu Zé das Couves que sempre limpou com pincel e nunca houve problemas, mas será mesmo que nunca houve?
Ou teve sorte até porque estamos em uma região de clima úmido?
Travamentos na inicialização do Windows, erros de VXD, pentes que queimam misteriosamente entre outros fatos que sempre são atribuídos a fim da vida útil, vírus ou qualidade do componente podem ter outro culpado...
E os danos advindos a Eletricidade Estática são facilmente evitados com uso de uma pulseira anti estática e/ou a manta anti estática:
Que funcionam drenando a Eletricidade Estática produzida pelo nosso corpo, como citamos no começo a Eletricidade Estática passa sempre para corpos com o potencial neutro, assim tanto a pulseira quanto a manta são ligadas ao Terra através de fios que absorvem e evitam danos aos componentes manuseados.
Devido a este motivo é enganoso pensar que ocasionalmente tocando em objetos metálicos do gabinete tipo: fonte ou chassi descarregamos o nosso corpo, podemos sim descarregar a Eletricidade Estática naquele momento, mas e se dermos o azar de produzirmos mais logo a seguir?
Por isso use sempre a pulseira anti-estática ela custa em torno de R$ 15,00

Fonte: http://www.netetronica.com

As oportunidades da geração alternativa

A matriz energética brasileira ganhou, nas décadas de 70 e 80, suas hidrelétricas gigantes, das quais Itaipu e Tucuruí são os maiores e melhores exemplos. Ganhou também Angra dos Reis, sua primeira usina termonuclear, e com ela um aberto enfrentamento entre tecnologia e ecologia.

A polêmica inacabada, em parte, mas sobretudo os custos, paralisaram praticamente o programa de geração nuclear de energia elétrica.

À medida que vozes cautelosas alertavam para a crítica dependência que o País tinha dos regimes pluviométricos, começaram também a surgir programas para reduzir os riscos dessa dependência. Com estas preocupações surgiram os planos de geração térmica e a integração dos sistemas de transmissão. Tudo patrocinado e financiado pelo Estado.


Nos últimos anos, as mesmas vozes cautelosas alertaram para a necessidade de um novo ciclo, marcado agora pela participação do capital privado na geração da energia elétrica e pelo investimento em fontes alternativas - as pequenas centrais hidrelétricas, a energia eólica e a biomassa. Para coordenar e impulsionar estas soluções nasceu na Eletrobrás o Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. Com cerca de ano e meio de existência, o programa quer adicionar 3.300 MW à capacidade de geração do País até dezembro de 2006. Para tirar este objetivo do papel o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - criou um programa de apoio financeiro - solução que ainda depende de alguma engenharia financeira para revelar todas as suas possibilidades.

Impasse financeiro

O programa define Pequenas Centrais Hidrelétricas como usinas cuja potência varia entre o mínimo de 1 e o máximo de 30 MW. Segundo dados da ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica - já estão autorizados 3.669 MW para PCHs, dos quais 403,8 já iniciaram suas obras. A maioria delas nas regiões Sul e Sudeste, mais próximas dos grandes centros consumidores de energia.

A evolução do Proinfa, contudo, requer algumas soluções de engenharia financeira. O BNDES tem R$ 5,5 bilhões para aplicar nos projetos de geração alternativa, mas o financiamento está limitado a 70% dos itens financiáveis. O que significa que o empreendedor privado deve entrar com os 30% restantes. Os investidores querem alargar a margem do financiamento, alegando que toda a energia gerada pelos projetos incluídos no Proinfa tem a garantia contratual de que será comprada pela Eletrobrás. Defendem, portanto, financiamento integral, argumentando que a garantia da compra é suficiente, e o risco do BNDES é praticamente nenhum.

Na prática, poucos foram os financiamentos aprovados. Vinte e oito pedidos foram solicitados para PCHs e apenas um foi aprovado, o de Canoa Quebrada, com 28 MW, representando investimento total de R$ 130 milhões, R$ 86 milhões financiados pelo BNDES. Desses, dez estão em vias de aprovação por estarem enquadrados nas condições do programa, e seis ainda estão em estágio bastante preliminar. Onze foram negados - o BNDES alega que os responsáveis pelos projetos não conseguem dar garantias de que podem arcar com 30% dos recursos mínimos exigidos.

Os custos desta geração alternativa são considerados comparáveis aos de qualquer outra fonte geradora. Serão, contudo, um pouco superiores aos custos da energia gerada pelas usinas de grande porte, devido à economia de escala. Estes custos mais elevados, porém, seriam compensados pelos projetos implantados nas proximidades dos centros de carga, com impactos ambientais mínimos e redução dos custos de transmissão.

Tecnologia disponível

Na área técnica, o programa é encarado com muita tranqüilidade. O País tem toda a tecnologia requerida pelos projetos de PCHs e pelos projetos de biomassa. Quanto à geração eólica, acreditam os especialistas que o País não tem fabricantes suficientes para atender à demanda criada pelo Proinfa e que haverá necessidade de investir em novas plantas, tanto para atender à demanda quanto para alcançar os 60% do índice mínimo de nacionalização, numa primeira etapa, se for o caso de o fabricante dos equipamentos participar acionariamente do empreendimento.

As insuficiências da indústria brasileira no campo da energia eólica são atribuídas ao desinteresse por este tipo de geração, refletido na inexpressividade dos incentivos fiscais e financeiros. Com o Proinfa sinalizando a maior importância deste tipo de geração na matriz energética do País, a expectativa é de rápidos progressos no domínio desta tecnologia.

O potencial brasileiro, segundo os números do Atlas do Potencial Eólico, é de 143.000 MW. As usinas atualmente em operação, a maioria das quais no Ceará, geram apenas 28,6 MW. No caso das PCHs e da biomassa, com ampla base industrial e tecnológica já estabelecida, o Proinfa deve representar um significativo aumento de encomendas. No caso da geração eólica, a demanda serviria para consolidar o parque industrial existente no País e estimular a transferência da tecnologia ainda necessária.

Os benefícios sociais previstos são expressivos. Estima-se que ao longo da cadeia produtiva estimulada pelo programa serão gerados cerca de 150 mil novos empregos diretos e indiretos.

Indústria se prepara para 1.000 turbinas

Os ventos sopram em favor do desenvolvimento da energia eólica no Brasil. Entre as três fontes que serão beneficiadas pelo Proinfa, a eólica é a que contará com o maior aumento de capacidade. O salto dos atuais 26,8 MW para pelo menos 1.300 MW até 2006, como prevê o programa, tornará o País o quarto maior mercado desse tipo de energia no mundo. O potencial eólico brasileiro é de 143.000 MW. De olho no segmento promissor, a indústria de energia eólica espera investir no país US$ 1 bilhão. Os segmentos da construção civil, metal-mecânica e eletroeletrônica estão entre os mais beneficiados pelo incentivo à geração eólica.

Do total desse tipo de energia em produção no País, quase 65% são gerados no Ceará, estado que com o arquipélago de Fernando de Noronha receberam as primeiras instalações desse tipo de energia no País. Entre as vantagens da geração de energia eólica no Brasil, destaca- se o fato de que as maiores velocidades de vento no Nordeste ocorrem justamente quando o fluxo de água do Rio São Francisco é mínimo. Dessa forma, as centrais eólicas instaladas no Nordeste poderão injetar no sistema quantidades de energia elétrica que complementem a geração hidrelétrica das usinas do Rio São Francisco.

Análises dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil indicam que o custo do MW/h está entre US$ 70 e US$ 80. A estimativa é que o impacto do Proinfa no bolso do consumidor brasileiro represente uma elevação de 0,3%. A área nobre para exploração desse tipo de geração elétrica é o litoral do Nordeste, onde a intensidade e direção do vento são constantes. O norte da Bahia e de Minas Gerais, o oeste de Pernambuco, o estado de Roraima e o sul do país também são regiões propícias para a geração de energia a partir do vento.

Para alguns especialistas, o Brasil não tem condições de fornecer as mil turbinas eólicas necessárias para atender aos projetos que aguardam aprovação de financiamento no BNDES. Para outros, as montadoras instaladas no país já abastecem sua produção com 90% de equipamentos brasileiros, como é o caso da Wobben Wind Power, que possui uma fábrica em Sorocaba (SP) e outra em Fortaleza (CE). Parte dos componentes utilizados no Brasil pela GWEind, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, é produzida aqui. Além delas, outras duas grandes multinacionais estão chegando ao País e correm para alcançar o índice de 60% de nacionalização exigidos para atender as empresas que participam do Proinfa.

Atualmente, existem mais de 30.000 MW de capacidade instalada no mundo. A maioria dos projetos localiza-se na Alemanha, na Dinamarca, na Espanha e nos Estados Unidos. A expectativa é de que até 2012 as instalações mundiais dessa forma de geração de eletricidade devem praticamente triplicar, até atingir 150 mil megawatts. Atualmente, cata-ventos e parques offshore (no mar) produzem 40 mil megawatts. Hoje a indústria do setor de fontes alternativas de energia cresce em média 20% ao ano e emprega cerca de 400 mil pessoas no mundo.

Biomassa

Uma das principais, senão a principal, vantagem da biomassa é seu aproveitamento direto pela queima da matéria orgânica em fornos e caldeiras. Ela vem sendo usada na geração de eletricidade nos sistemas de co-geração e no abastecimento de comunidades isoladas da rede elétrica.

O potencial autorizado para empreendimentos de geração de energia com a biomassa, segundo a ANEEL, é de 1.376,5 MW, considerando apenas as centrais geradoras que usam o bagaço da cana-de-açúcar, biogás ou gás de aterro.

Dados de 2003, reunidos no Balanço Energético Nacional, mostram que a participação da biomassa na matriz energética do País é de significativos 27%, com emprego majoritário do carvão vegetal e do bagaço de cana-de-açúcar.

Créditos e referências

O texto "As oportunidades da geração alternativa" foi elaborado a partir de informações obtidas com os seguintes profissionais e fontes:
  • Everaldo Feitosa, vice-presidente da World Wind Energy Association e presidente do Centro Brasileiro de Energia Eólica - 081 3224-8158
  • Fábio Sales Dias - secretário-executivo da Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica
  • Marcio Schmitt - Gerente de Geração em Sistemas de Tecnologia de Potência da ABB
  • World Wind Energy Association
  • BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
  • INEE -Instituto Nacional de Eficiência Energética CanalEnergia.com.br
  • http://www.eolica.com.br/index_por.html
aos quais agradecemos a boa vontade e a cooperação. O texto final, sua forma e conteúdo são, contudo, de inteira responsabilidade do Departamento Editorial de Noticiário de Equipamentos Industriais-NEI.
Fonte: http://www.nei.com.br