sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Manual ventilador de teto

Se você estiver com dúvidas para instalar seu ventilador de teto use este manual da Consul..
Ventilador de Teto

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CORREÇÃO FATOR DE POTÊNCIA

A maioria das cargas das unidades consumidoras utilizam energia reativa indutiva, como motores, transformadores, lâmpadas de descargas, fornos de indução, entre outros.

As cargas indutivas necessitam de campos eletromagnéticos para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência:





* Potência ativa, medida em kw, é a que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc.






Potência reativa medida em kvar, usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas.

Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência reativa, alem de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação ocupando um “espaço” no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. A potência ativa e a potência reativa se juntam, (soma vetorial) constituindo a potência aparente, medida em KVA, que é a potência total gerada e transmitida à carga.

CAUSAS E CONSEQUENCIAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA.



Possíveis Causas

Motores e transformadores operando "em vazio" ou com pequenas cargas

Motores e transformadores super dimensionados

Grande quantidade de motores de pequena potência

Máquina de solda

Lâmpadas de descarga, sem reatores de alto fator de potência:

> fluorescentes

> vapor de mercúrio

> vapor de sódio

Excesso de energia reativa capacitiva


Consequências

Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia reativa.

Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula nas redes de distribuição de energia elétrica da Concessionária e das unidades consumidoras, podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes diversos, tais como:

Perdas na rede

Queda de tensão

Subutilização da capacidade instalada

Cobrança de excedentes retivos, multas à concessionária

Perdas na rede

As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa,estabelece-se uma relação direta entre o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos.

Obs.: As perdas são inversamente proporcionais ao quadrado do fator de potência.




FONTE: http://www.engeletrica.com.br

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Instalações elétricas para o Natal...

Para que a instalação elétrica dos enfeites de Natal seja segura, alguns cuidados básicos são essenciais.
A seguir, a SIL ensina dez dicas de como fazer uma decoração correta e evitar choques elétricos e riscos de incêndios:

1) Adquira enfeites e cabos condutores de energia que possuam o Certificado da Marca de Conformidade do INMETRO.

2) Não coloque enfeites de Natal feitos de papel, papelão ou plástico em contato ou muito próximo às lâmpadas.

3) As árvores ou enfeites energizados devem ficar afastados de cortinas, tapetes ou sofás e não é recomendado ligar as lâmpadas decorativas junto com outros equipamentos eletrônicos.

4) Para uma decoração mais elaborada e com muitas lâmpadas, contrate um profissional qualificado, como o eletricista, que terá condições de sugerir o dimensionamento dos condutores elétricos de forma que este não sobrecarregue os circuitos.

5) As emendas dos condutores precisam ser bem isoladas, com fita isolante certificada pelo INMETRO - jamais utilize fita crepe ou fita adesiva de uso geral para isolação elétrica.

6) Em locais externos ou até mesmo internos que tenham contato com umidade, as isolações das emendas dos condutores devem ser muito bem feitas, garantindo que a água não atinja o cobre do condutor.

7) Não instale as lâmpadas dos enfeites sobre estruturas metálicas, pois o metal é condutor de energia e pode causar desde um aquecimento do circuito e o aumento do consumo de energia até curtos-circuitos e acidentes como choques.

8) Para fazer a manutenção de um enfeite ou a troca de lâmpada é imprescindível desligar o circuito elétrico da tomada, mas sem puxá-lo pela fiação.

9) Crianças e animais devem ficar longe do alcance das fiações.

10) Antes de dormir ou sempre que sair de casa, desligue as decorações de Natal.

Fique sempre ligado!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

OHM...


ohm (símbolo: Ω) é a unidade de medida da resistência elétrica, padronizada pelo SI (Sistema Internacional de Unidades). Corresponde à relação entre a tensão de um volt e umacorrente de um ampère sobre um elemento, seja ele um condutor ou isolante. Ou melhor, um resistor que tenha uma resistência elétrica de 1 ohm, causará uma queda de tensão de 1 volt a cada 1 ampère de corrente que passar por ele.
O ohm é simbolizado pela letra grega ômega maiúsculo (Ω) e seus múltiplos mais usados são o quilo-ohm (kΩ) = 1.000 Ω; e o megaohm ou "megohm" (MΩ) = 1.000.000 Ω.
O nome desta unidade é uma homenagem a Georg Simon Ohm (1787-1854), que descobriu relações matemáticas extremamente simples envolvendo as dimensões dos condutores e as grandezas elétricas, definindo o conceito de resistência elétrica e formulando o que passou a ser chamada Lei de Ohm.

sábado, 27 de novembro de 2010

Rigidez Dielétrica

          É possível um material isolante se tornar condutor? 
Essa idéia parece meio inviável, mas pode acontecer. Sabemos que os materiais isolantes, também chamados de dielétricos, possuem elétrons que estão presos ao núcleo dos átomos, ou seja, não existem elétrons livres nesses materiais. 

Se aplicarmos um campo elétrico entre as extremidades de um material isolante, atuará uma força sobre os átomos desse corpo tentando arrancar dele alguns de seus elétrons, mas ocorre que esses elétrons estão fortemente ligados ao núcleo, sendo assim é necessário a aplicação de um campo elétrico mais intenso para que seja possível arrancá-los. Se a intensidade do campo elétrico não for suficientemente grande, a força elétrica provocará somente a polarização do material dielétrico. 

Aumentando a intensidade do campo sobre o isolante, a intensidade da força que atua sobre seus elétrons também aumenta. Sendo assim, podemos concluir que vai chegar um determinado instante em que o valor do campo elétrico será tão grande que a força elétrica conseguirá arrancar os elétrons dos átomos, dessa forma os elétrons que antes estavam presos se tornam elétrons livres e, como conseqüência, o material que antes era isolante passa a ser condutor. Esse fato pode acontecer com qualquer material isolante, depende apenas da intensidade do campo elétrico que é aplicado sobre ele. 

A maior intensidade do campo elétrico que é aplicada sobre o material isolante, tornando-o condutor, é chamada derigidez dielétrica, e ela varia de material para material, pois alguns se mantêm isolantes com um determinado valor de campo elétrico e outros se transformam em condutores com a mesma intensidade de campo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Fórmulas para cálculos elétricos...

Galera ai vai uma colinha das fórmulas mais usadas em eletricidade, afinal não da para decorar isso tudo no nosso dia a dia.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eletricidade...

Eletricidade
A eletricidade está presente a todo tempo ao nosso redor e até em nós mesmos. Na natureza a eletricidade pode ser observada no relâmpago, uma grande descarga elétrica produzida quando se forma uma enorme tensão entre duas regiões da atmosfera.


No corpo humano também observamos a eletricidade: impulsos elétricos do olho para o cérebro. Nas células da retina existem substâncias químicas que são sensíveis à luz, quando uma imagem se forma na retina estas substâncias produzem impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro.

Na Grécia antiga, por volta de 600 a.C., Tales de Mileto fez algumas experiências com uma barra de âmbar (resina sólida fossilizada proveniente das árvores). Ele descobriu que, quando atritada com a pele de animal, a barra de âmbar adquire a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha.

A palavra eletricidade se origina do vocábulo elektron, nome grego do âmbar. Apesar das descobertas feitas pelos gregos, a eletricidade só teve seus conhecimentos sistematizados a partir da segunda metade do século XVIII.

Eletricidade pode ser entendida como sendo o fenômeno resultante da interação das partículas que formam a matéria, em especial os elétrons. Para entender melhor o conceito de eletricidade elaborei um pequeno resumo neste post, se você desejar se aprofundar em um dos tópicos basta clicar no subtítulo.

O átomo: elétrons prótons e nêutrons

A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos e estes são formados por partículas elementares, sendo as principais os prótons, os elétrons e os nêutrons. Os prótons e nêutrons são formados por quarks. Entender esta estrutura é o primeiro passo para entender a eletricidade.


Eletrização, condutores e isolantes.


Chamamos de condutores os corpos onde as partículas portadoras de carga elétrica conseguem se mover sem dificuldade, os corpos onde isso não acontece chamamos de isolantes.

A eletrização é um fenômeno importante na eletricidade. Quando um corpo ganha elétrons dizemos que ele foi eletrizado negativamente, pois o número de elétrons no corpo é maior que o número de prótons no mesmo. E quando um corpo perde elétrons o número de prótons no corpo é maior que o de elétrons, então, dizemos que o corpo está positivamente eletrizado.


Eletrização por atrito

Na eletrização por atrito os corpos atritados ficam com cargas elétricas opostas, como por exemplo, o pedaço de flanela com cargas positivas e o bastão de vidro com cargas negativas.


Eletrização por contato

Na eletrização por contato os corpos ficam com a mesma distribuição superficial de cargas elétricas. Isto significa que se os corpos forem idênticos, eles terão a mesma carga elétrica.


Eletrização por indução


Dois corpos, A e B, sendo A positivamente eletrizado e B um corpo eletricamente neutro, são colocados próximos um do outro sem haver contato.

As cargas positivas de A atraem as cargas negativas de B. Se aterrarmos o corpo B, as cargas elétricas negativas da terra vão se deslocar para o corpo B. Retirando o condutor que aterra o corpo B e só depois afastar o corpo A. Observamos então que o corpo B ficou negativamente eletrizado.


Carga elétrica

No núcleo do átomo estão os prótons e os nêutrons, e girando em torno deste núcleo estão os elétrons. Um próton em presença de outro próton se repele, o mesmo ocorre com os elétrons, mas entre um próton e um elétron existe uma força de atração, como no exemplo do âmbar e da palha. Desta maneira, atribuímos ao próton e ao elétron uma propriedade física denominada carga elétrica.


Lei de Coulomb

Outra contribuição para a Eletricidade foi dada por Coulomb. Charles Augustin Coulomb desenvolveu uma teoria que chamamos hoje de Lei de Coulomb. Ele estudou a força de interação entre as partículas eletrizadas, sabemos hoje que as partículas de mesmo sinal se repelem e as de sinais opostos se atraem.

Tensão elétrica e difereça de potencial (ddp)

Considere um aparelho que mantenha uma falta de elétrons e uma de suas extremidades e na outra um excesso. Este aparelho é chamado gerador e pode ser uma pilha comum. A falta de elétrons em um pólo e o excesso em outro origina uma diferença de potencial (d.d.p.).


Corrente elétrica

Se um condutor é ligado aos pólos do gerador os elétrons do pólo negativo se movimentam ordenadamente para o pólo positivo, esse movimento ordenado dos elétrons é denominado corrente elétrica. Muitas vezes a corrente elétrica é confundida com o termo eletricidade.


O Efeito Joule

Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre uma transformação de Energia Elétrica em Energia Térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule, em homenagem ao Físico Britânico James Prescott Joule (1818-1889).


Resistência Elétrica


A dificuldade que alguns materiais apresentam à passagem da corrente elétrica é expressa por uma grandeza física chamada resistência elétrica.


Resistor

Os resistores são dispositivos cujas principais funções são: dificultar a passagem da corrente elétrica e, transformar Energia Elétrica em Energia Térmica por Efeito Joule. Entendemos a dificuldade que os resistores apresentam à passagem da corrente elétrica como sendo resistência elétrica. O material mais comum na fabricação dos resistores é o carbono.


Associação de Resistores

Em nosso dia-a-dia utilizamos vários aparelhos elétricos onde são empregados circuitos com dois ou mais resistores. Em muitos destes circuitos, um único resistor deve ser percorrido por uma corrente elétrica maior que a suportada, e nestes casos utiliza-se uma associação de resistores. Em outras aplicações vários resistores são ligados um em seguida do outro para obter o circuito desejado, como é o caso das lâmpadas decorativas de natal.


A Primeira Lei de Ohm

A primeira Lei de Ohm afirma que, ao percorrer um resistor (R) a corrente elétrica (i) é diretamente proporcional à tensão (U).
U = R. i



Segunda Lei de Ohm

George Ohm realizou diversos experimentos envolvendo a eletricidade. Muitos destes experimentos estavam relacionados à resistência elétrica, e nestes, ele verificou que a resistência (R) de um resistor é diretamente proporcional ao comprimento (l) do resistor, inversamente proporcional à área da secção transversal (A) e depende do material do qual o resistor é feito. Esta relação é conhecida como a Segunda Lei de Ohm.


Energia Elétrica


A Energia Elétrica pode ser definida como a capacidade de trabalho de uma corrente elétrica. Como toda Energia é a propriedade de um sistema que permite a realização de trabalho. Ela é obtida através de várias formas. Logo, o que chamamos de “eletricidade” pode ser entendido como Energia Elétrica se no fenômeno descrito, a eletricidade realiza de trabalho por meio de cargas elétricas.


Gerador


O gerador é um mecanismo que transforma energia mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica. O gerador elétrico mais comum é o dínamo (gerador de corrente contínua) de bicicleta, que já estudamos em “como funciona um dínamo”.

Espero que este artigo ajudem vocês a entender melhor a eletricidade.
 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Utilize EPI e evite acidentes como este...

Segurança é tudo...

Riscos em Eletricidade

O choque elétrico é a reação do organismo à passagem da corrente elétrica. Eletricidade, por sua vez é o fluxo de elétrons de um átomo, através de um condutor, que vem a ser qualquer material que deixe a corrente elétrica passar facilmente (cobre, alumínio, água, etc.). Por outro lado,isolante é o material que não permite que a eletricidade passe através dele: vidro, plástico, borracha, etc.
Os riscos de acidentes dos empregados que trabalham com eletricidade, em qualquer das etapas de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, constam da Norma Regulamentadora Instalações e Serviços em Eletricidade - NR10 do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Noções de PRIMEIROS SOCORROS a acidentados pela corrente elétrica, também constam desta página.

Pode-se dizer que o progresso, no campo, está sempre associado à energia elétrica, que pode ser usada na casa (lâmpadas, geladeira, TV, chuveiro, etc.), no galpão (ordenhadeira mecânica, incubadora, picadeira, etc.), na conservação e transformação de alimentos (resfriadora de leite, estufa, freezer, etc.), no acionamento de máquinas e motores (para bombear água, na irrigação por aspersão, etc.) e em várias outras aplicações.
As fontes de eletricidade, na zona rural, se manifestam através dos seguintes equipamentos ou fenômenos:
  •   descargas atmosféricas (raios)
  •   ferramentas elétricas manuais
  •   peixe-elétrico (o Poraquê da Amazônia)
  •   atrito (eletricidade estática)
  •   cerca elétrica (para animais)
  •   fios energizados (de postes ou no lar)
  •   baterias (alimentadas por cataventos)
  •   painéis fotovoltáicos (energia solar)
  •   turbinas (energia hidráulica)
  •   motores estacionários (geradores) e
  •   motores elétricos
cerca elétrica
A energia elétrica, apesar de útil, é muito perigosa e pode provocar graves acidentes, tais como: queimaduras (até de terceiro grau), coagulação do sangue, lesão nos nervos, contração muscular e uma reação nervosa de estremecimento (a sensação de choque) que pode ser perigosa, se ela provocar a queda do indivíduo (de uma escada, árvore, muro, etc.) ou o seu contato com equipamentos perigosos. A imagem acima, é de uma cerca elétrica.
Os efeitos estimados da corrente elétrica contínua de 60 Hertz, no organismo humano, podem ser resumidos na tabela que se segue:

EFEITOS ESTIMADOS DA ELETRICIDADE
CORRENTECONSEQUÊNCIA
1 mAApenas perceptível
10 mA"Agarra" a mão
16 mAMáxima tolerável
20 mAParada respiratória
100 mAAtaque cardíaco
2 AParada cardíaca
3 AValor mortal



Riscos de acidentes
As lesões provocadas pelo choque elétrico podem ser de quatro (4) naturezas:


1 - eletrocução (fatal)
2 - choque elétrico
3 - queimaduras e
4 - quedas provocadas pelo choque
eletrocussão
Eletrocução é a morte provocada pela exposição do corpo à uma dose letal de energia elétrica. Os raios e os fios de alta tensão (voltagem superior a 600 volts), costumam provocar esse tipo de acidente. Também pode ocorrer a eletrocução com baixa voltragem (V<600 volts), se houver a presença de: poças d'água, roupas molhadas, umidade elevada ou suor.
choque elétrico
Choque elétrico. O choque elétrico é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor. O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1 mA. Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A.
queimaduras
Queimaduras. A pele humana é um bom isolante e apresenta, quando seca, uma resistência à passagem da corrente elétrica de 100.000 Ohms. Quando molhada, porém, essa resistência cai para apenas 1.000 Ohms. A energia elétrica de alta voltagem, rapidamente rompe a pele, reduzindo a resistência do corpo para apenas 500 Ohms. Veja estes exemplos numéricos: os 2 primeiros casos, referem-se à baixa voltagem (corrente de 120 volts) e o terceiro, à alta voltagem:


a) Corpo seco: 120 volts/100000 ohms = 0,0012 A = 1,2 mA (o indivíduo leva apenas um leve choque)
b) Corpo molhado: 120 volts/1000 ohms = 0,12 A = 120 mA (suficiente para provocar um ataque cardíaco)
c) Pele rompida: 1000 volts/500 ohms = 2 A (parada cardíaca e sérios danos aos órgãos internos).


Além da intensidade da corrente elétrica, o caminho percorrido pela eletricidade ao longo do corpo (do ponto onde entra até o ponto onde ela sai) e a duração do choque, são os responsáveis pela extensão e gravidade das lesões.
quedas
Quedas de altura. Os acidentes com eletricidade ocorrem de várias maneiras. Os riscos resultam de danos causados aos isolantes dos fios elétricos devido a roedores, envelhecimento, fiação imprópria, diâmetro ou material do fio inadequados, corrosão dos contatos, rompimento da linha por queda de galhos, falta de aterramento do equipamento elétrico, etc. As benfeitorias agrícolas estão sujeitas à poeira, umidade e ambientes corrosivos, tornando-as especialmente problemáticas ao uso da eletricidade.
transformador
Durante o Terceiro Encontro Nacional de Segurança e Saúde no Setor Elétrico - ENASSE, realizado recentemente no Rio de Janeiro, foi divulgado que cerca de 2% das 3.091 mortes por causas laborais no Brasil em 2.000, tiveram origem nas companhias energéticas. Quedas e energização acidental das redes foram citados como os maiores riscos nas concessionárias de energia: um erro pode custar choque de 3.000 a 6.000 volts, ou uma eletrocussão em um transformador (como os da foto).
Prevenção de acidentes
Há vários tipos de proteção e de providências que podem ser usados para se evitar o choque elétrico:
  •   fusíveis e disjuntores
  •   aterramentos
  •   materiais isolantes e
  •   uso de EPI
Outras recomendações:
  1. Plugue e use os dispositivos elétricos de segurança disponíveis como, por exemplo, a tomada de 3 pinos.
  2. Considere todo fio elétrico como "positivo", ou seja, passível de provocar um choque mortal.
  3. Cheque o estado de todos os fios e dispositivos elétricos; conserte-os ou substitua-os, se necessário. Aprenda como dimensionar o fio elétrico.
  4. Certifique-se de que a corrente está desligada, antes de operar uma ferramenta elétrica.
  5. Se um circúito elétrico em carga tiver de ser reparado, chame um eletricista qualificado para fazê-lo.
  6. Use ferramentas "isoladas", que fornecem uma barreira adicional entre você e a corrente elétrica.
  7. Use os fios recomendados para o tipo de serviço elétrico a que ele vai servir.
  8. Não sobrecarregue uma única tomada com vários aparelhos elétricos, usando, por exemplo, o "benjamin".
  9. Cuidado ao substituir a resistência queimada do seu chuveiro, pois o ambiente molhado aumenta o choque.

domingo, 14 de novembro de 2010

Mãos a obra...

Atenção eletricistas...

1a. Lei de Kirchhoff (Lei das correntes ou Lei dos nós)
Num dado nó, a soma das correntes que entram é igual à soma das correntes que saem. Ou seja, um nó não acumula carga.



2a. Lei de Kirchhoff (lei das tensões ou lei das malhas)
A soma algébrica das tensões, num percurso fechado, é nula.


Exercício
Baseando-se nas leis de Kirchhoff acima, encontre a solução para os circuitos abaixo:


FONTE:http://maryvillano.blogspot.com

FURNAS

A construção desta Usina foi autorizada pelo decreto nº 49.638, de 30 de dezembro de 1960, publicado no Diário Oficial nesta mesma data. Seu nome original era Usina Termelétrica Roberto Silveira.Passou a ser denominada Usina Termelétrica de Campos a partir de julho de 1977, quando foi transferida da CBEE - Companhia Brasileira de Energia Elétrica, cujo nome anterior era CELF - Centrais Elétricas Fluminenses S.A., paraFURNAS Centrais Elétricas S.A. O início das obras civis se deu em 1963.Os principais equipamentos da Usina, tais como caldeiras e turbo-geradores, foram fabricados no Japão pela Mitsubishi Heavy Industries, em 1961. A unidade 1 entrou em operação em 20.12.1968 e a unidade 2, em 11.03.1971.
Devido ao alto custo do petróleo, o gerador 1 foi convertido em Compensador Síncrono entrando em operação comercial em abril de 1981. Em novembro de 1996, iniciaram-se os trabalhos de desconversão do Compensador Síncrono para Gerador, pois estudos elétricos realizados pelo Departamento de Estudos Elétricos não indicaram a necessidade da Unidade 1 operar como Compensador Síncrono.
Dada a situação energética prevista para o ano de 1997 e o comprometimento contratual de FURNAS com o sistema, para disponibilizar a geração de 20 MW médios de energia garantidos pela Usina, o Departamento de Comercialização de Energia Elétrica e Planejamento de Operação recomendou que as duas Unidades Geradoras fossem mantidas disponíveis como geradores convencionais.
A partir da decisão da Petrobrás de instalar um gasoduto até a cidade de Campos, FURNAS, diante da disponibilidade de gás, decidiu pela adaptação das caldeiras da Usina para queima de gás natural, já que uma das vantagens que tal conversão traria seria a de atender exigência feita pela Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente para a concessão da Licença de Operação definitiva da Usina.
Atualmente, a Usina de Campos está passando por um processo de modernização de suas instalações, tendo adquirido sistemas de controle digitais e informatizando suas caldeiras para queima de gás natural.
A Usina possui, ainda, uma Subestação com um barramento de 69 kV e outro de 138 kV. Além de sua geração própria, a Usina recebe energia da Subestação de Campos e a envia para a cidade de Campos e circunvizinhas através de quatro circuitos de 69 kV e quatro circuitos de 138 kV.


FICHA TÉCNICA


Principais Características
  • CALDEIRA
    • Fabricante: Mitsubishi Nagasaki
    • Capacidade: 67 T/h
    • Condições de vapor:
      • no superaquecedor:65kg/cm² a 485ºC
      • na entrada da turbina: 60 kg/cm² a 480ºC
    • Superfície total de aquecimento: 1360 m²
    • Pressão do projeto: 74 kg/cm²
  • TURBINA
    • Quantidade: 2
    • Fabricante: Mitsubishi Nagasaki
    • Condições de vapor:
      • 65 kg/cm²
      • 485ºC
    • Extrações: 3
    • Velocidade: 3600 rpm
    • Pressão de exaustão: 715mm/Hg
  • CONDENSADOR
    • Fabricante: Nagasaki Works Mitsubishi
    • Superifície: 1000m²
    • Tipo: Condensador de superfície - passe duplo
    • Tubos: latão
  • GERADOR
    • Fabricante: Mitsubishi Electric Corporation
    • Tipo: Resfriamento interno, de dois pólos síncronos, de rotor cilíndrico com resfriadores de ar.
    • Freqüência: 60 Hz
    • Tensão: 13800 V entre fases
    • Velocidade: 3600 rpm
    • Fator de potência: 0,8
    • Potência: 18750 KVA

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Você Sabia...

     Um projeto elétrico feito por um profissional qualificado, seja ele Técnico em eletrotécnica ou Engenheiro Elétrico se paga em pouco tempo só com a economia de energia.
     E que uma instalação elétrica feita por curiosos ou falsos profissionais pode acabar assim...

Entre em contato conosco, solicite nossa visita sem compromisso.

domingo, 7 de novembro de 2010

Como calcular a corrente de um motor...


Podemos dizer que o motor elétrico tem duas potências: a requerida da rede elétrica (de onde calculamos sua corrente nominal) e a entregue na ponta do eixo (energia entregue na forma mecânica).
Quando um motor é rotulado por 20CV, independente de seu rendimento ou tensão de alimentação (desde que seja alimentado com tensão indicada e correta ligação das bobinas), quer dizer que ele entrega 20CV de potência no seu eixo, em forma de energia mecânica.
Assim, temos a seguinte fórmula: P(cv) = U(V) . i(A)A potência está em cavalo-vapor, pois é a potência que sabemos a priori do motor.
Tanto a tensão U e a corrente i são de linhas.
Colocando a corrente (que queremos calcular) em evidência, e multiplicador o fator 736 (conversão cavalo-vapor para watt), teremos: i(A) = [ 736 . P(cv) ] / [ U(V) ]
Como a potência inicial é a entregue no eixo, temos que considerar o rendimento do motor:
i(A) = [ 736 . P(cv) ] / [ U(V) . n ]
E consideramos também o fator de potência do motor (pois senão estaríamos usando apenas a potência ativa para o cálculo da corrente):
i(A) = [ 736 . P(cv) ] / [ U(V) . n . cos(fi) ]
Caso o motor seja trifásico, adicionamos a raiz(3):
i(A) = [ 736 . P(cv) ] / [ raiz(3) . U(V) . n . cos(fi) ]
Para melhor visualizar, segue:
Motor monofásico:             Motor trifásico:
 
Onde:
i(A) é a corrente de linha do motor, em ampères.
P(cv) é a potência do motor em cavalo-vapor.
U é a tensão de linha em volts.
n é o rendimento do motor em decimais: 0,80 se o rendimento for 80%.
cos(fi) é o fator de potência do motor.
Perceba que não há mistério algum para a fórmula, fácil de ser deduzida, bastando considerar o rendimento, o fator de potência do motor e a raiz de 3 (se trifásico).

Tirando dúvidas!!!

Instalações   Elétricas(Para domingueiros e profissionais)
Prof. Luiz Ferraz Nettoleobarretos@uol.com.br
IntroduçãoDia a dia cresce o número de aparelhos eletro-eletrônicos instalados na rede elétrica domiciliar. Já não há mais uma divisão nítida entre o que é de eletrônica e o que é de eletricidade doméstica. Conhecer o básico das instalações elétricas é dever de todos os estudantes de Ciências, eletro-eletrônicos e famosos domingueiros.
Nesse texto analisaremos uma instalação elétrica domiciliar típica (monofásica ou bifásica), através de alguns conceitos da Eletricidade. Esses serão o ponto de partida para que possamos entender o funcionamento de alguns dispositivos nela utilizados.
3 fios ...energia elétrica que recebemos da empresa de ´eletricidade´, chega até nossa casa, via de regra, por meio de 3 fios. O porque do uso de três fios não é muito bem entendido por muitos instaladores. Eles, pela prática, simplesmente usam desses 3 fios para distribuírem as tensões típicas de 110 V (denominação usual, popular) e de 220 V entre os aparelhos domésticos comuns para que funcionem. De modo geral, as técnicas usadas nessas distribuições e instalações são simplesmente deploráveis.
Assim, nosso primeiro ponto importante, na análise de uma instalação elétrica domiciliar típica, é saber de que modo a ´eletricidade´ vem por estes três fios.
A energia elétrica que recebemos em nossa casa, numa linguagem simples, é transportada porondulações da corrente elétrica que vai e vem pelos condutores, impulsionada pelo que denominamos de tensão elétrica.
Isso quer dizer que a tensão varia continuamente, mudando de polaridade 120 vezes por segundo, de modo que, 60 vezes, a cada segundo, ela empurra a corrente num sentido e 60 vezes, no mesmo segundo, elapuxa a corrente no sentido oposto, alternadamente. Daí a denominação corrente alternada.
Representando isso por um gráfico, teremos semiciclos positivos quando a corrente é empurrada e semiciclos negativos quando a corrente é puxada; algo como se ilustra a seguir.
Para que uma corrente elétrica possa circular por um aparelho que seja ligado a esses condutores de energia, ela precisa de um percurso completo (circuito fechado), ou seja, de ida e volta, o que significa que um só fio não pode alimentar nenhum aparelho.
Temos de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença de potencial muda alternadamente de polaridade.
Um desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica coloca em contato mais íntimo possível com o solo (chão, terra). Dos dois fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma diferença de potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é denominado subjetivamente de retorno, neutro ou terra. O outro, para diferenciação, é denominado de fase ou vivo.
Para um aparelho elétrico esses nomes são supérfluos, uma vez que os dois fios trabalham exatamente do mesmo modo, alternadamente.
Para o instalador e para os moradores da residência ‘que fio está ligando aonde’, é importante por motivos de segurança e não por motivos de funcionamento do aparelho. Isso fica patente quando ligamos um liquidificador na tomada ¾ de qualquer lado que se espete o plugue, ele funcionará!
Como aqueles que manuseiam os aparelhos estão permanentemente em contato com a terra (assim como um dos fios da rede), é prudente que as partes metálicas do aparelho que possam ser tocadas, sejam aquelas ligadas ao fio neutro ou terra. Desse modo, como não há diferença de potencial, não haverá riscos de choques elétricos (passagem de corrente elétrica pelo corpo e suas conseqüências) .
Erros comuns ...Um erro comum dos instaladores residenciais, por falta de sólidos conceitos, deriva desses nomes diferenciadores.
Quando se trata do fio vivo ou fio fase, eles lhe conferem certas importâncias elétricas (em relação aocircuito todo), que simplesmente não existem!
Atribuem o conceito de pressão ou de tensão elétrica apenas para o fio fase e um papel secundário de retorno para o fio terra.
Para eles é o fio fase que provoca a corrente. A falha está no conceito de tensão elétrica ou d.d.p. ¾conceito aplicado a pelo menos dois condutores elétricos (rigorosamente, entre dois pontos distintos de um campo elétrico, em superfícies não eqüipotenciais). Não existe um condutor com tensão elétrica ¾ pode existir um par de condutores (dos quais um deles pode ser o fio terra) entre os quais estabelece-se uma tensão elétrica ou diferença de potencial. Um fio de alto potencial elétrico é comumente citado como ‘um fio de alta tensão’ ¾ é um erro!
Outro erro comum dos instaladores é imaginar que, pelo fato da Companhia Elétrica aterrar um dos fios, a terra seja efetivamente utilizada como um dos fios de transporte de energia elétrica. Se isso fosse verdade, não seriam necessários 3 fios entrando em nossas residências; bastariam 2, o terceiro seria ligado a uma longa haste cobreada enfiada no chão.
Nomenclaturas ...Na figura, a seguir, mostramos um circuito elétrico simples e a nomenclatura associada.
Dos três fios que chegam até nossa casa, trazendo energia elétrica da empresa geradora e distribuidora, um deles é ligado em terra (na saída do gerador, no transformador da rua e em centenas de outros pontos ao longo de seu percurso). Os outros dois são isolados da terra. São os denominados fios vivos.
Entre qualquer fio vivo e o fio terra há uma diferença de potencial (110V - nominal, popular). Entre os dois fios vivos também há uma diferença de potencial (220V - nominal); o dobro daquela que se estabelece entre um fio vivo e o fio terra. A fase da tensão alternada entre um fio vivo e o terra é oposta à fase que existe entre o outro fio vivo e o terra.
A figura a seguir ilustra as tensões elétricas e as correspondentes fases entre eles.
Modelos didáticos ...
A melhor ilustração possível, a nível de demonstração, para a rede elétrica domiciliar é feita com um transformador abaixador de tensão com center-tap (CT - terminal central) no secundário de baixa tensão.
Ligamos o primário do transformador na rede elétrica (110 ou 220V, conforme a rede). Nos três fios do secundário (num transformador para 6V + 6V, por exemplo) temos a exata imagem de nossa rede domiciliar.
Os três fios que chegam a nossas casas também vêm de um transformador abaixador de tensão (instalado em algum poste perto de sua casa!) ¾ são os três fios do secundário desse transformador ... com center-tap.
Usando nosso "transformadorzinho didático", basta ligar o fio central (center-tap) num condutor aterrado (um cano metálico enfiado na terra úmida).
Os fios laterais do secundário desse transformador passam a denominar-se fios vivos ou fios fases e o fio central será o fio neutro ou fio terra.
No exemplo desse transformador teremos:
6VAC entre qualquer fio vivo e o fio terra;
12VAC entre os dois fios vivos.
Entre os fios vivos há uma diferença de fase de 180 graus.
Eis um outro modelo didático.
A menos do tipo e valores da d.d.p. desenvolvida, podemos fazer uma analogia desse circuito domiciliar (ou do modelo do transformadorzinho) com o circuito de duas pilhas associadas. Confronte!
Nessa figura, 1,5V , 3,0V e 1,5V são tensões elétricas (diferenças de potenciais); +1,5V , 0V e -1,5V são potenciais elétricos em relação à Terra.
Como nos circuitos de pilhas não há aterramento (ainda que muitos deles usem dos chassis dos aparelhos como sendo um dos condutores), não comparece aqui os termos vivos terra. Por motivos dahistória da eletrônica, um dos condutores pode ser denominado de +B e o outro dechassis, massa ou terra.
Curtos e fusíveis ...Evidentemente, antes do primeiro acesso que temos a esses fios condutores de energia elétrica, a empresa coloca um medidor de energia elétrica ou de consumo de energia. O "relógio da luz", como é popularmente conhecido, mede os quilowatts-horas consumidos que correspondem à quantidade de energia fornecida. Em média (presumo), as Companhias Distribuidoras de Energia Elétrica (CPFL etc.) cobram R$ 0,15 para cada quilowatt-hora consumido. Apreciaria receber dos amigos os valores cobrados por quilowatt-hora em suas regiões (leobarretos@uol.com.br).
Em outra oportunidade abordaremos como calcular esses consumos domiciliares.
O medidor só funciona quando a corrente circula, ou seja, quando algum aparelho é ligado e exige ,com isso, a circulação de uma corrente que lhe forneça energia.
Observe que, se houver alguma deficiência na instalação de energia que provoque um "escape" de corrente, por exemplo, um fio desencapado encostado num ferro da estrutura da casa, conforme exemplo da figura a seguir, a corrente circulante acionará o medidor que registrará um consumo indevido.
De uma maneira mais simples, podemos dizer que se trata de um "vazamento" de energia pelo qual o usuário paga sem saber, pois toda a corrente que passa pelo "relógio" é registrada, determinando o consumo de energia. Isso é algo análogo ao uso de uma mangueira d'água para regar uma planta (e não para lavar a calçada, como estupidamente se faz), mas que apresenta algum furo em sua extensão. O "relógio da água" marcará o consumo total: água que vaza pelo furo + água para a planta.
Após o relógio, encontramos um conjunto de dispositivos de proteção que podem ser fusíveis comuns ou disjuntores.
Os fusíveis comuns são ligas metálicas que "queimam" (fundem-se) quando a corrente ultrapassa um valor considerado perigoso para a instalação.
A intensidade máxima da corrente que pode passar por um fio é determinada basicamente pelo material de que ele é feito e por sua espessura.
Nas ligações com fios de cobre com determinada espessura, se a corrente ultrapassar um certo valor, a quantidade de calor produzida pode ser exagerada, a ponto de afetar a integridade da capa plástica do fio.
Se essa capa derreter, com a perda do isolamento, o perigo se torna maior, pois pode ocorrer umcurto-circuito. Assim, a função do fusível é queimar, interrompendo assim a circulação da corrente, caso sua intensidade se tome perigosa a ponto de colocar em risco a integridade da instalação. Se o fusível não queimar, por ocasião de um surto extra de corrente, a instalação e todos os aparelhos (em funcionamento) ligados a ela serão percorridos por esse surto de corrente ... alguns poderão "pifar"!
Nota: "curto-circuito" não é um circuito "curto"; não é um trajeto físico de pequena extensão ... é um percurso de menor resistência elétrica para a corrente.
DisjuntoresOs disjuntores têm a mesma finalidade que os fusíveis comuns, se bem que funcionem de modo um pouco diferente. Os disjuntores têm a aparência mostrada a seguir.
Consistem, basicamente, numa chave que desliga automaticamente quando a intensidade da corrente alcança o valor para o qual é projetado. Vale a pena desmontar um deles para uma análise criteriosa de seu funcionamento.
A vantagem do disjuntor em relação ao fusível é que o disjuntor simplesmente "desarma", interrompendo a corrente quando ela se torna perigosa, enquanto que o de fio fusível queima. Uma vez que a causa do excesso de corrente tenha sido eliminada, o fusível precisa ser trocado por outro novo, enquanto o disjuntor é simplesmente rearmado.
Fusíveis em d.c.Nos circuitos DC, alimentados por pilhas ou baterias os fusíveis também têm sua atuação como protetores. Nos automóveis, por exemplo, há um bom conjunto de fusíveis protegendo as mais variadas partes. Os rádios e toca-fitas também devem ser protegidos mediante fusíveis. Em muitos desses rádios, o circuito interno não tem qualquer contato com a carcaça do aparelho, por isso, além dos fios que vão aos alto-falantes, aparecem em destaque os fios de alimentação: vermelho (+) e preto (-). O vermelho deve ser ligado ao positivo da bateria (regra geral para os veículos modernos) e o preto ao chassis do veículo.
E o fusível onde deve ser posto?
No fio vermelho? No fio preto?
Faça essa pergunta a 100 instaladores de rádio e equipamentos de som em carros. A maioria dirá: ¾ É no fio vermelho, no positivo, no que vai para a bateria.
Sem dúvida, certos instaladores de rádios e aparelhos de som em automóveis, insistem na instalação dos fusíveis no fio positivo (fio vermelho que vai para o pólo positivo da bateria).
Eles alegam que a alta corrente extra entra por ali e queima o fusível antes de entrar no rádio!
Realmente, isso é uma falha grave no conceito. A corrente que passa pelo fusível também passa pelo rádio ... sempre! A corrente que passa pelo fio positivo também passa, ao mesmo tempo e com a mesma intensidade pelo fio negativo ... sempre! É indiferente colocar o fusível no fio preto ou no vermelho.
A principal causa da queima de fusíveis ou desarme de disjuntores numa instalação elétrica é ocurto-circuito.
Curto circuito = caminho de menor resistência elétrica
Ocorre curto-circuito quando a energia elétrica encontra um caminho de retorno com menor resistênciaque aquele que encontraria passando normalmente por um aparelho. Esse novo caminho, não necessariamente é o mais curto, em termos de distância. Ele o mais curto, em termos de menor resistência.
Se um fio encostar em outro (fase e neutro, por exemplo) não havendo um aparelho para entregar a energia, mas sim um percurso de muito baixa resistência, a corrente se torna intensa a ponto de colocar em perigo a instalação. Ocorreu o que denominamos de curto-circuito, ou seja, o "circuito" (percurso) não passa pelo aparelho alimentado (grande resistência), mas vai diretamente ao retorno (quase nenhuma resistência).
Nas instalações que utilizam fusíveis existem também chaves que permitem desligar os diversos setores da instalação, para o caso de necessidade de manutenção, reparos ou alterações. Observe que é desse local que a distribuição de energia pela residência é feita.
Distribuição da energiaO normal numa residência é termos três circuitos de distribuição.
Estes circuitos podem fornecer tensões de 110 V e 220 V ou somente uma delas, conforme a instalação.
Partindo da chave principal (*) onde chegam os três fios, observamos que a partir deles podemos obter duas tensões.
Cada fio vivo extremo está ao potencial elétrico de 110 V e têm como terra comum o fio do meio, ou seja, ele é o neutro para os dois fios vivos extremos.

Um osciloscópio de traço duplo devidamente instalado para colher informações de tensões entre esses fios denunciará que há uma defasagem de 180 graus entre os dois pares vivo-terra.
A distribuição de energia elétrica pela residência deve ser feita de modo a equilibrar as correntes que passam pelos dois fusíveis.
(*) NOTA: Em instalações já um tanto antigas, é comum encontrarmos uma chave geral, de faca, com 3 facas. Elas têm incorporados os suportes (soquetes) para 3 fusíveis. Cada fusível da lateral protege um fio vivo. O fusível central não protege nada, ele não está ligado em nada. O suporte central é apenas "um armário" para um fusível de reserva. Se durante a noite um dos fusíveis laterais queima, com uma lanterna o localizamos e o substituímos pelo fusível do meio ¾ o reserva.
Se você retirar esse fusível central verá que há uma arruela de latão (e um parafuso central) curto-circuitando essa entrada de terra. Essa arruela, com as habituais trepidações do prédio, pode desfazer a ligação do terra ... e algum aparelho vai queimar lá dentro da casa! Vale a pena, periodicamente, desligar a chave geral, retirar esse parafuso central do suporte do meio da chave, retirar a arruela e lixá-la bem. Recoloque-a no lugar e aperte bem esse parafuso central. Enrosque, nesse suporte-"armário" o fusível de reserva.
As duas fases ou fios vivos irão para os dispositivos que requeiram 220V (chuveiro, torneira elétrica, etc.). Deve haver um par de disjuntores ou uma chave especial com fusíveis para esse circuito.
Uma das fases e o neutro são usados para alimentar as tomadas de energia distribuídas pela casa. Neste circuito, pode-se fazer uma segunda separação ¾ nas casas tipo sobrado, por exemplo, para as tomadas do andar de cima e para as tomadas do térreo.
A outra fase e o neutro servem para alimentar as lâmpadas. Aqui também podemos fazer a separação entre o circuito do andar de cima e o térreo, no caso de um sobrado.
Veja que essas separações são interessantes não só em termos de distribuição das correntes como também para a manutenção. Podemos desligar a chave que alimenta as tomadas para trabalhar numa delas, sem precisar desligar a luz, que vai iluminar o local que esta sendo trabalhado.
Os circuitos individuais dos dispositivos alimentados vêm a seguir.
InterruptoresOs interruptores são ligados em série com as lâmpadas ou seja, a corrente que passa pelo interruptor é a mesma que passa pela lâmpada.
Circuito série do interruptor e lâmpada
Observe que basta interromper a corrente em apenas um fio, pois isso interrompe seu percurso, impedindo sua circulação: a lâmpada não acende. Em princípio, podemos interromper a corrente no fio vivo ou no fio neutro, mas é uma boa prática do instalador identificar o pólo vivo (fase) e nele colocar o interruptor (geralmente no ponto médio da chave de tecla).
Esse procedimento é interessante porque, se tentarmos trocar uma lâmpada tendo apenas o interruptor desligado e esse se achar no neutro (todo o restante do circuito ligado na fase), um toque em qualquer parte metálica do soquete ou do circuito não impede que levemos um choque, pois passamos a formar o circuito de terra para a corrente.
Ligação inadequada do interruptor
Ligação recomendada para o interruptor
Se o fio interrompido for o vivo (fase), nas partes metálicas do soquete da lâmpada teremos apenas neutro, ou seja, elementos com o mesmo potencial de nosso corpo e que portanto, não podem dar choque mesmo que toquemos neles.
Evidentemente, isso não se aplica a uma lâmpada alimentada por 220 V, onde temos os dois fios vivos (tanto o interruptor como a lâmpada ficam ligados em fios fases).
Outros dispositivos são as tomadas de energia que alimentam diversos tipos de dispositivos.
Essas são conectadas nos diversos pontos da instalação, conforme as necessidades. Podemos ter numa instalação tomadas especiais de 220 V conectadas aos pontos em que existe essa tensão.
Termos usadosTERRA, NEUTRO, MASSA E FASE
Em diversos pontos deste artigo, onde analisamos a estrutura básica de uma instalação elétrica domiciliar, falamos nos quatro termos acima, mostrando aos leitores que existem "estados" ou níveis de potenciais elétricos que caracterizam de forma bem distinta os fios ou os pontos de uma instalação em que os dispositivos externos são ligados.
As definições com as explicações mais detalhadas dos termos usados são dadas a seguir:
TERRA - O solo terrestre é um semicondutor de eletricidade. Em certas situações, qualquer corpo que esteja em conexão com a terra terá o potencial desta, ou seja, não haverá diferença de potencial entre eles (corpo e terra), de modo que, não haverá circulação de corrente de um para o outro.
Se um corpo estiver carregado ou sob um potencial diferente da terra, ao ser colocado em contato com ela, ele se descarrega. Em outras palavras, adquire o mesmo potencial elétrico que a Terra que, por convenção é de 0 volts. Isso esclarece porque o usuário da rede elétrica, ao tocar pontos da rede que estão interligados com a terra, não toma choque.
Isso significa que a ligação de um objeto à terra é a garantia de que ele não vai causar choque se for tocado. A barra de terra de uma instalação elétrica é para garantir que, em caso de interrupção dos fios ou problemas na instalação teremos um dos condutores ligado à terra.
NEUTRO - Um dos condutores de energia da empresa distribuidora que é ligado à terra.
No local onde a energia elétrica é gerada, ao longo das torres de distribuição, nas subestações e nos transformadores de rua há uma ligação desse condutor até o solo. Esse condutor é denominado de neutro.
Na maioria das instalações ele está no mesmo potencial da terra (caso em que ambos podem ser confundidos), mas existem casos em que um defeito na instalação, como por exemplo, uma interrupção de um fio, torna o potencial do neutro diferente do potencial do terra, caso em que choques podem ocorrer. Quando o neutro e o terra apresentam potenciais elétricos diferentes dissemos que houve um "mau aterramento".
MASSA - Se o neutro ou o terra for ligado a um chassi de um aparelho de modo que esse chassi de metal sirva como um condutor de corrente, esse chassi será chamado de massa. Na maioria dos casos, a MASSA de um aparelho coincide com o terra e o neutro, o que significa que se for tocada nada acontece em termos de choque. No entanto, existem aparelhos em que a MASSA não é obrigatoriamente terra ou neutro. Existem televisores, por exemplo, em que um dos fios da rede de energia é ligado ao chassi e ele não é necessariamente o neutro. Desta forma, a MASSA desses televisores pode estar com um potencial de 110 V ou 220 V em relação à Terra, podendo assim causar choques em quem nele tocar.
FASE - O condutor isolado da Terra e que apresenta potencial elétrico em relação a ela é denominado defio fase. Evidentemente, se com os pés no chão, tocarmos nesse condutor, tomaremos choque.

Observação: Muitas Cidades trabalham com valores de tensão um pouco diferentes das citadas acima. Exemplos:
Itaperuna - Rj como na maioria das cidade Brasileiras trabalha com tensão de   Fase-Neutro 127V e tensão entre Fase-Fase de 220V.

Nova Friburgo_RJ nesta cidade a tensão entre Fase-Neutro é de 220V e a tensâo entre Fase-Fase é de 380V ou de 440V isso se deve ao Transformador utilizado pelas concessionárias de cada região.
Por isso muita atenção ao ligar os seus aparelhos em regiões que vocês não conhecem, primeiro informem-se da DDP ou seja a tensão da rede.